Com um dos anos mais desafiadores da história contemporânea chegando ao seu final, esperamos que a bonança confirme o dito popular e se instaure após a tempestade, de preferência ainda no primeiro semestre de 2021.
Mas o que “recomeçar” significa para os profissionais de marketing e empresas? É o que a canadense especialista em marketing Liana Buenaventura se propõe a desvendar em artigo para a “The Startup”.
Normalmente, um novo ano exige novos orçamentos, mensagens, campanhas e lançamentos. No entanto, com tanta imprevisibilidade e falta de clareza quanto ao que há por vir, muitas dessas decisões envolvendo o planejamento do próximo ciclo precisarão ser adiadas. Então, quais serão as tendências de negócios para as marcas que quiserem se manter competitivas no mercado?
1. Revisão da estratégia de marca
A boa notícia é que uma vacina está a caminho. A má notícia é que ela demorará algum tempo até conseguir solucionar todas as dificuldades, já que vários países atravessam a terceira onda da epidemia, o que fará com que os danos econômicos perdurem ainda por algum tempo. A expectativa mais provável é que os primeiros meses de 2021 sejam similares ao final deste ano. Com tantas coisas que ainda são incertas, as marcas que quiserem sair na frente precisarão praticar a paciência durante o primeiro trimestre de 2021, investindo seu tempo com sabedoria e revisitando sua estratégia de marca.
2. A criação de personas mais assertivas
Como profissionais de marketing, geralmente nos referimos a nós próprios como a “voz do consumidor”. Infelizmente, isso geralmente significa projetar uma persona do público-alvo, construída a partir de um pouco de pesquisa no Google, alguns dados demográficos genéricos e uma série de suposições. Embora cada um de nós tenha vivenciado 2020 de uma maneira única, os efeitos da pandemia afetaram a todos nós de maneiras muito semelhantes. Preocupações com nossos meios de subsistência, ser forçados a mudar nosso comportamento, sentir tristeza, perda, luto e preocupações sobre nosso bem-estar geral – cada um desses estresses induzidos por 2020 transcende fronteiras, culturas, status e idade.
3. O propósito no centro das ações
2020 tornou os clientes mais atentos às suas decisões de compra. Eles estão observando (às vezes não tão silenciosamente) como as marcas responderam aos eventos do ano, muitas vezes alterando suas preferências de compra conforme essa resposta. Em uma pesquisa da Deloitte com 2.447 consumidores globais, 79% guardam na memória marcas que agiram efetivamente durante a Covid-19 ajudando seus clientes, impulsionando forças de trabalho e fortalecendo comunidades.
4. Eles vão além
Assim como os comportamentos de compra mudaram, as expectativas dos clientes também se modificaram. Após a Covid-19, 59% dos consumidores se preocupam mais com a experiência do cliente quando decidem em qual empresa apoiar ou comprar. De prazos de entrega a protocolos de saúde e segurança, atendimento ao cliente sempre disponível e momentos de surpresa e cuidado, as marcas devem trabalhar mais para criar uma experiência de ponta a ponta mais fluida e agradável para seus clientes. Acrescente a isso que muitos consumidores ainda não estão totalmente acostumados com todas as tecnologias envolvendo compras online e pagamentos contactless, e a necessidade de proporcionar uma experiência de consumo pedagógica e contínua se impõe.
Marcas inteligentes colocarão o cliente em primeiro lugar em tudo o que fazem. Elas criarão uma estratégia de experiência do consumidor, se ainda não a tiverem, e farão uma autoanálise completa e honesta em como se posiciona sua experiência atualmente. Os relacionamentos superam as transações para marcas que lideram seus respectivos mercados. Elas precisarão identificar maneiras de agregar valor à experiência, tornando-a mais simples e acessível para todos. Ofertas como entrega gratuita, devoluções gratuitas e garantias serão exploradas. Deve-se trabalhar duro para minimizar experiências desconexas e, em vez disso, criar experiências memoráveis de alegria e deleite.
Camila Farani é um dos “tubarões” do “Shark Tank Brasil”. É Top Voice no LinekdIn Brasil e a única mulher bicampeã premiada como Melhor Investidora-Anjo no Startup Awards 2016 e 2018. Sócia-fundadora da G2 Capital, uma butique de investimentos em empresas de tecnologia, as startups.
Siga FORBES Brasil nas redes sociais:
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.
Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.