Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), atualmente, há 55% da população mundial vivendo em áreas urbanas e a expectativa é de que esta proporção aumente para 70% até 2050. E pasmem, a população mundial deve crescer em dois bilhões de pessoas nos próximos 30 anos, passando dos atuais 7,7 bilhões de indivíduos para 9,7 bilhões em 2050.
As mudanças resultantes no tamanho, composição e distribuição da população mundial têm consequências importantes para o cumprimento dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), as metas globalmente acordadas para melhorar a prosperidade econômica e o bem-estar social ao mesmo tempo em que se protege o meio ambiente.
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A urbanização fornece a maior oportunidade para alcance dos ODS. Portanto, a ação empresarial é imprescindível. E sem as ferramentas certas para as empresas mapearem suas estratégias de impacto para modelos ambiciosos, mas mensuráveis, como saberemos se estamos realmente progredindo?
Restam apenas oito anos para atravessarmos a década pactuada. Trata-se de um esforço global para criar uma prosperidade compartilhada e durável para todas as pessoas. A visão dos ODS exige uma transformação profunda na qual os negócios devem não apenas participar, mas liderar – indo além do mapeamento dos negócios, como de costume, para repensar os modelos de negócios e usar sua voz coletiva para desencadear novas ações.
É crucial que as empresas desempenhem um papel de liderança nos ODS. É nesta direção que o Sistema B Brasil e o seu movimento B, cada dia mais, tornam-se inspirações colaborativas para líderes que catalisam os negócios como uma força do bem.
Então, pergunto: se não agora, quando?
Respondo: tem que ser agora!
Nada melhor do que o exemplo de um negócio familiar com 85 anos de atuação no Brasil, a Vedacit.
Desde 2020, a Vedacit tomou a decisão estratégica de investir em práticas sustentáveis recomendadas pelo Sistema B Brasil com a intenção de se tornar uma das referências em sustentabilidade na construção civil. Assim, sua jornada de sustentabilidade foi acelerada. O objetivo é alinhar gestão e práticas às recomendadas pelo Sistema B.
A Avaliação de Impacto B é uma ferramenta online que virou referência para a agenda de sustentabilidade da Vedacit. Foi desenvolvida pelo BLab global, organização internacional sem fins lucrativos que reconhece e certifica empresas por unirem o lucro ao impacto social e ambiental e que, no Brasil, é representada pelo Sistema B.
Veja só isso: em 2020, parte da remuneração variável de todos os executivos da Vedacit foi atrelada à implantação de práticas do Sistema B, além disso, foi aumentada a importância desta agenda nos contratos doravante, afirma o presidente da empresa.
Em 2021, a Vedacit foi ao Mercado Livre de Energia para comprar eletricidade somente de fontes renováveis. A fábrica de São Paulo é a primeira a ter a eletricidade consumida gerada totalmente por fontes renováveis, como usinas eólicas, hidrelétricas e solares. O objetivo pactuado é consumir 45% de energias renováveis e reduzir em 37% as emissões de gases de CO2 até 2025, evitando a emissão anual de 420,33 toneladas de CO2 em 2021.
Com o propósito de transformar a vida de milhões de pessoas, melhorando as condições de habitação, “fazendo da sua casa a nossa causa”, a Vedacit definiu seus critérios de atuação e, inspirada pelos protocolos ESG, estabeleceu metas para conectar conceitos e práticas de sustentabilidade com os negócios da empresa.
Entre ações desenvolvidas, destaco o compromisso da Vedacit de gerar produtos e serviços para baixa renda: até 2025 o objetivo é que 1,6 milhão de residências tenham acesso a reformas habitacionais, com assistência técnica acessível e qualificada. Isso só será possível com o trabalho em conjunto com parceiros que atuam nas comunidades e realizam trabalhos fundamentais.
Entre eles estão a Nova Vivenda, o Moradigna, a Digna Engenharia e diversos negócios de impacto com foco em habitação espalhados pelo Brasil. Eles possuem soluções que facilitam o crédito para a população de baixa renda, bem como contratam profissionais das comunidades para a realização do serviço.
Outro ponto fundamental é a parceria com a Artemisia e a Coalizão Habitação. Em 2020, a Vedacit participou da criação do Fundo Volta por Cima, iniciativa que concedeu empréstimos aos empreendedores(as) de negócios de impacto social de periferia e de outros grupos vulneráveis afetados pela pandemia.
Além dessas iniciativas, são práticas que merecem destaque:
- o mapa cidades sustentáveis
- a aceleração negócios pelo futuro, ESG na prática, em parceria com o Quintessa
- preço social
- moradia dos colaboradores
Por tudo isso, a incorporação da agenda das Empresas B certificadas no coração da Vedacit é mais uma forma de manifestar o compromisso do negócio em gerar valor compartilhado para a sociedade. Na Vedacit, o momento é agora.
Haroldo Rodrigues é sócio-fundador da investidora in3 New B Capital S.A. Foi professor titular e diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Universidade de Fortaleza e presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Ceará.
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