A Internet das Coisas (IoT) é uma das tendências tecnológicas mais proeminentes dos últimos anos. Em termos simples, refere-se ao fato de que, embora a internet inicialmente se referisse à rede em grande escala de computadores, hoje, dispositivos de todos os tamanhos e formas – de carros a utensílios de cozinha a máquinas industriais – estão conectados e compartilhando informações digitalmente, em escala global.
Como acontece com todos os aspectos das nossas vidas, a pandemia de coronavírus também afetou a maneira como essa tendência está se desenvolvendo e impactando nosso dia a dia. Em um mundo onde o contato entre humanos é, neste momento, limitado, a conexão entre dispositivos, ferramentas e brinquedos pode nos ajudar a permanecer um pouco mais próximos.
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Veja, a seguir, o que podemos esperar em 2021 para presenciar essa mega tendência se desenvolvendo e desempenhando um papel cada vez mais importante em como vivemos, trabalhamos e nos divertimos:
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Christopher Furlong/Getty Images Disparada dos investimento da área de saúde em IoT
Desde a telemedicina até a ajuda domiciliar automatizada para idosos e deficientes, os equipamentos inteligentes, sensores e dispositivos conectados continuarão a mudar a forma como os cuidados de saúde são prestados. A IoT também será usada para minimizar o contato desnecessário em situações onde o risco de contaminação viral é particularmente alto, como, por exemplo, em lares de idosos e enfermarias de doenças infecciosas em hospitais.
Como uma grande demonstração de como a pandemia em curso acelerou a adoção da transformação da saúde orientada pela tecnologia, as estimativas originais para o número de “visitas virtuais” ou consultas online com provedores de saúde nos Estados Unidos eram de 36 milhões. Agora, esse número está se aproximando a 1 bilhão, e essa tendência, sem dúvida, continuará aumentando em 2021, principalmente porque a infraestrutura e a conscientização dos pacientes sobre as vantagens estão se consolidando.
Um forte crescimento também foi observado no mercado de dispositivos que permitirão que os idosos permaneçam independentes em suas próprias casas por mais tempo. Isso incluirá ferramentas que utilizam inteligência artificial para detectar quedas ou mudanças nas rotinas diárias que podem alertar parentes ou profissionais de saúde que uma intervenção é necessária. Adaptando-se aos desafios apresentados pela Covid-19, essa mesma tecnologia pode ser usada para determinar se há uma rápida deterioração na saúde das pessoas que podem estar se protegendo ou se isolando em casa, já que a doença muitas vezes pode colocar as pessoas em um estado onde elas são incapazes de buscar ajuda por conta própria em questão de horas.
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NurPhoto/Getty Images IoT é sinônimo de home office mais produtivo
Trabalhar em casa é o novo normal para muitos de nós atualmente devido às preocupações com a segurança. Com assistentes pessoais alimentados por IA (como Alexa) agora instalados em muitas de nossas casas, podemos esperar mais aplicativos projetados para nos ajudar a gerenciar nosso dia enquanto trabalhamos remotamente. Isso significará ferramentas automatizadas de agendamento e calendário mais inteligentes, bem como de melhor qualidade, videoconferências mais interativas e tecnologia de reunião virtual. A plataforma Virtual Stage da Microsoft, por exemplo, usa seus sensores Azure Kinect para permitir apresentações imersivas com tecnologia de IA que nos manterão mais engajados.
Quando as empresas ainda exigem presença física (como é o caso da maioria das operações de manufatura, industriais e logísticas), a IoT significa que os ativos podem ser monitorados remotamente de maneira mais eficaz, dando a tranquilidade de saber que o maquinário automatizado continuará seu trabalho e de que os funcionários podem ser alertados quando sua intervenção for necessária.
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Marianna Massey/Getty Images IoT no varejo: lojas e supermercados mais seguros e eficientes
O varejo físico é um setor que, sem dúvida, foi duramente atingido pelo coronavírus. Como vimos nos primeiros dias desta pandemia, muitos estabelecimentos não essenciais podem ser temporariamente fechados com o mínimo de perturbação em nossas vidas, em grande parte graças ao surgimento do varejo online. As lojas que fornecem produtos como alimentos e remédios, no entanto, devem permanecer abertas para atender às necessidades básicas das populações locais.
No próximo ano, podemos esperar um novo propósito para modelos inovadores, como os supermercados totalmente automatizados da Amazon, que eliminam a necessidade de interação humana não vital ao abastecer nossas casas com alimentos e outros itens essenciais. A automação por meio de dispositivos habilitados para IoT também continuará a crescer nos centros de distribuição massivos que despacham estoque para as lojas. Os métodos de pagamento sem contato se tornarão cada vez mais predominantes à medida que progredimos em direção à “sociedade sem dinheiro”, um ideal que estava previsto para chegar há algum tempo (trazendo consigo seus próprios desafios).
Outros desenvolvimentos no varejo incluirão o uso de etiquetas de identificação por radiofrequência (RFID) para rastrear o movimento dos clientes nas lojas. Como antes, isso será usado para tomar decisões sobre a colocação e reposição de estoque, registrando como e quando os clientes interagem com os displays e produtos nas prateleiras. À luz das mudanças na sociedade deste ano, essa tecnologia também será cada vez mais usada para monitorar o distanciamento social e proteger contra o perigo de superlotação em áreas particularmente movimentadas de lojas, supermercados e shoppings.
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Robert Nickelsberg/Getty Images IoT em escala municipal
O conceito de cidades inteligentes tem crescido em popularidade nos últimos anos, com a IoT usada para monitorar o tráfego nas redes rodoviárias, o uso do transporte público, a movimentação em torno das áreas de pedestres e o uso de serviços, como centros de reciclagem e coleta de lixo. Os medidores inteligentes registram o uso de energia em residências e empresas, de modo que o fornecimento pode ser equilibrado para atender às demandas durante os picos e evitar o desperdício onde não é necessário.
Durante o próximo ano, podemos esperar uma onda de recursos destinados à construção de capacidades digitais dentro das autoridades municipais para permitir que estas usem melhor as novas tecnologias que estão se tornando disponíveis. Isso será essencial quando se trata de enfrentar os desafios de uma sociedade em mudança. Com questões de segurança em torno do transporte público, escritórios no centro da cidade e instalações recreativas, como centros de lazer e parques, a IoT permitirá que as autoridades e empresas entendam melhor os padrões de uso, bem como façam planejamentos com mais eficiência e adotem estratégias de resposta a emergências.
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Morris MacMatzen/Getty Images IoT na alta performance
Por fim, a edge computing é outra tendência poderosa que não vai desaparecer devido à Covid. Assim como acontece com as outras tendências mencionadas aqui, a mudança que ela permite se tornará mais relevante do que nunca, provavelmente levando a um aumento na velocidade de adoção e na taxa de inovação.
Neste caso, em vez de dispositivos IoT enviando todos os dados que coletam para a nuvem para análise e extração de insights, esse trabalho é realizado diretamente nos próprios dispositivos. Uma vantagem clara é a economia massiva no uso da largura de banda e o custo reduzido, tanto financeiro quanto ambientalmente, que isso traz.
No entanto, tão vitais em um mundo pós-Covid serão os benefícios da privacidade e da administração de dados. Muitas iniciativas proativas e reativas, como detecção de surto e rastreamento de contato, dependem de dados altamente pessoais, como de saúde ou de localização. Novas formas de processar e agir com base nessas informações alavancarão técnicas de edge computing para reduzir o risco representado pelo envio dessas informações entre dispositivos pessoais e servidores em nuvem. Isso pode ser essencial quando se trata de construir a confiança do público nessas medidas, algo que precisa ser feito para que sejam implantadas com sucesso em escala.
Disparada dos investimento da área de saúde em IoT
Desde a telemedicina até a ajuda domiciliar automatizada para idosos e deficientes, os equipamentos inteligentes, sensores e dispositivos conectados continuarão a mudar a forma como os cuidados de saúde são prestados. A IoT também será usada para minimizar o contato desnecessário em situações onde o risco de contaminação viral é particularmente alto, como, por exemplo, em lares de idosos e enfermarias de doenças infecciosas em hospitais.
Como uma grande demonstração de como a pandemia em curso acelerou a adoção da transformação da saúde orientada pela tecnologia, as estimativas originais para o número de “visitas virtuais” ou consultas online com provedores de saúde nos Estados Unidos eram de 36 milhões. Agora, esse número está se aproximando a 1 bilhão, e essa tendência, sem dúvida, continuará aumentando em 2021, principalmente porque a infraestrutura e a conscientização dos pacientes sobre as vantagens estão se consolidando.
Um forte crescimento também foi observado no mercado de dispositivos que permitirão que os idosos permaneçam independentes em suas próprias casas por mais tempo. Isso incluirá ferramentas que utilizam inteligência artificial para detectar quedas ou mudanças nas rotinas diárias que podem alertar parentes ou profissionais de saúde que uma intervenção é necessária. Adaptando-se aos desafios apresentados pela Covid-19, essa mesma tecnologia pode ser usada para determinar se há uma rápida deterioração na saúde das pessoas que podem estar se protegendo ou se isolando em casa, já que a doença muitas vezes pode colocar as pessoas em um estado onde elas são incapazes de buscar ajuda por conta própria em questão de horas.
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