O dólar abriu o dia (29) em queda contra o real, dando continuidade às perdas da véspera em meio à recuperação no apetite por risco, enquanto investidores aguardavam a decisão de política monetária do Federal Reserve.
A moeda chegou a desacelerar a baixa pouco depois das 9h30, depois de dados mostrarem forte retração na economia dos Estados Unidos no primeiro trimestre, mas uma hora depois voltou a ampliar as perdas, atingindo mínimas da sessão.
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O clima nos mercados internacionais era positivo hoje, com ativos arriscados –como bolsas de valores e divisas emergentes– refletindo “a recuperação do petróleo, após dois dias de quedas, e em compasso de espera pela decisão de política monetária do Fed”, segundo comentário da Empiricus.
Ao mesmo tempo, investidores avaliavam dados do PIB norte-americano, que caiu a uma taxa anualizada de 4,8% no período de janeiro a março. Segundo analistas, apesar de ser a pior desde a Grande Recessão, a contração já era precificada e veio próxima à expectativa.
Economistas em pesquisa da Reuters esperavam recuo do PIB de 4%, e as estimativas mais pessimistas chegaram a prever uma queda de 15%.
Às 11:01, o dólar recuava 2,28%, a R$ 5,3914 na venda. O dólar futuro tinha queda de 1,95%, a R$ 5,3890. A cotação à vista tocou R$ 5,3809 na venda na mínima da sessão.
No geral, analistas veem o campo político como menos pressionado nos últimos dias, depois de gerar forte aversão a risco no mercado de câmbio recentemente.
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“Após o ‘Tsunami’ que assolou os mercados locais nos últimos dias, fica a sensação que os agentes públicos retornaram às atenções ao combate da Covid-19 e suas consequência nefastas à economia”, disse em nota Ricardo Gomes da Silva, superintendente da Correparti Corretora.
“Ao declarar confiança na liderança de Paulo Guedes à frente da economia, o Presidente Jair Bolsonaro afastou, por hora, as desconfianças do mercado.”
Guedes disse hoje que está absolutamente igual e que segue com a mesma energia e determinação, com apoio do presidente Jair Bolsonaro. Na segunda, Bolsonaro havia afirmado que o ministro continua com as rédeas da economia brasileira.
Na véspera, o dólar interbancário fechou em queda de 2,59%, a R$ 5,5172 na venda, maior declínio diário desde junho de 2018.
O Banco Central fará nesta sessão leilão de swap tradicional de até 10 mil contratos com vencimento em setembro de 2020 e janeiro de 2021. (Com Reuters)
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