Segundo a Eurostat, o PIB da zona do euro encolheu 3,8% no primeiro trimestre de 2020 ante o quarto trimestre de 2019, sofrendo a maior contração numa série histórica iniciada em 1995. No final de 2019, a economia encolheu 0,1%.
A instituição apontou os efeitos do coronavírus nas economias para justificar a queda brusca. Ela também alertou que o segundo trimestre deve registrar uma queda bem mais forte, considerando que o primeiro trimestre contemplou apenas duas ou três semanas de lockdown na região, enquanto o segundo contemplará bem mais dias.
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O resultado veio pior que o esperado por investidores, que aguardavam uma redução de 3,5% na atividade da região. Olhando individualmente para alguns casos, o PIB da França sofreu contração de 5,8%, a maior da história e pior do que a queda de 4,2% projetada pelos investidores. A atividade da Itália recuou 4,7% no primeiro trimestre ante o último de 2019. O resultado está levemente melhor do que a queda de 5% projetada por investidores. Por fim, na Espanha o indicador caiu 5,2%, enquanto o esperado era 4,4%.
Importante conectar esses índices com os dados de inflação da Eurostat. Os preços avançaram 0,4% em março, vindo de uma alta de 0,7% em fevereiro. Ambas as comparações são anuais. Considerando que a meta do Banco Central Europeu é de 2% de inflação para a região, vemos que o lockdown se mostra deflacionário, o que exigirá taxas de juros baixas na zona do euro por um tempo prolongado. O resultado do PIB foi ruim, mas infelizmente o pior ainda está por vir.
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