Decisão da taxa básica de juros no Brasil e relatório do mercado de trabalho nos Estados Unidos atrairão os olhos de investidores.
Maio tem início com uma crise interna nova para acompanharmos, a política, e uma externa, novamente a comercial entre Estados Unidos e China. Como se não bastasse a crise sanitária, teremos que acompanhar esses assuntos que guiarão mercados.
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Para essa primeira semana do mês, dados de IPCA e a decisão do Copom são o grande destaque no Brasil. Com o Boletim Focus apontando um IPCA abaixo de 2% em 2020, veremos uma pressão maior em torno do Banco Central para seguir reduzindo a Selic. Atualmente a taxa está em 3,75% e a maioria dos agentes do mercado acredita que a reunião do Copom desta semana resultará em um novo corte de 0,5p.p. Importante acompanhar o que será dito sobre passos futuros.
Existe a possibilidade da instituição indicar que o setor externo precisa ser mais monitorado, ou seja, apontar que a Selic não pode ser tão reduzida para não afugentar demais recursos estrangeiros que buscam uma remuneração maior por aqui. Isso reduziria a expectativa por novos cortes, ou ao menos a magnitude deles.
Também podemos ter um texto indicando preocupações maiores com a economia. Nesse caso, investidores precificariam novos cortes em breve.
Ainda na semana, teremos o IPCA de abril fechado. Indicador deve aparecer no campo deflacionário, sofrendo forte impacto do choque nos preços de petróleo.
Em segundo plano a produção industrial de março. Recapitulando, empresários do setor já reclamavam da falta de insumos chineses em fevereiro. Logo, o indicador traz informações importantes nesse aspecto, e também sobre os dias que o isolamento começou.
No exterior, vendas no varejo na zona do euro de março devem mostrar quedas buscas por conta do lockdown. Na China, a balança comercial é um indicador amplamente acompanhado, investidores lhe creditam mais transparência pelos dados terem suas contrapartes em outros países.
Por fim, o payroll de abril nos Estados Unidos certamente mostrará uma deterioração rápida no mercado de trabalho local. Com pedidos de auxílio-desemprego batendo recordes toda semana, o relatório ganha ainda mais importância do que o normal.
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