O dólar operava em alta acentuada contra o real hoje (11), dia de menor apetite por risco no exterior em um cenário agravado pela permanência das incertezas no campo político brasileiro.
Às 10:08, a moeda norte-americana avançava 0,87%, a R$ 5,7898 na venda. Na B3, o dólar futuro tinha alta de 0,69%, a R$ 5,790.
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Neste pregão, os mercados internacionais observavam com cautela a reabertura gradual de grandes economias. Uma alta nas infecções por coronavírus na Alemanha após o relaxamento das medidas de isolamento pesava sobre o sentimento, minando as esperanças de uma retomada rápida das atividades.
“(…)A detecção de novos casos de vírus elevou os alertas e fez com que a retomada da atividade sofresse novos reveses”, disse em nota a Infinity Asset.
“Isso pode não evitar o retorno das atividades em algumas localidades do hemisfério norte, porém dá o sinal de que o tratamento vacinal continua a única solução crível para o vírus no curto prazo, e, enquanto isso não acontecer, o ‘vai e vem’ pode ser mais constante.”
No exterior, diante desse cenário, moedas arriscadas pares do real, como peso mexicano, rand sul-africano e dólar australiano, apresentavam quedas acentuadas contra a divisa dos Estados Unidos.
Enquanto isso, no cenário doméstico, o clima de incerteza política somava-se às pressões sobre o real.
O ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello decidiu no sábado (9) levantar por ora o sigilo do vídeo de uma reunião ministerial especificamente para os envolvidos no inquérito do STF que investiga as acusações do ex-ministro Sergio Moro de que o presidente Jair Bolsonaro estaria tentando interferir politicamente na Polícia Federal.
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“Localmente, o mercado aguarda que o barulho político do fim de semana não atrapalhe os rumos dos vetos do presidente, em especial do aumento do funcionalismo, essencial neste momento de pandemia”, acrescentou a Infinity Asset.
Bolsonaro afirmou na quinta-feira (7) que vai vetar parte do projeto de auxílio aos Estados aprovado pela Congresso que excluiu algumas categorias de servidores de regra de congelamento salarial, atendendo a recomendação do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Agora, os investidores citam ainda expectativa em relação à ata do Copom, que deve esclarecer o cenário visto pelo Banco Central que justificou corte dos juros básicos a nova mínima de 3%.
Na última sessão, na sexta-feira (8), o dólar spot fechou em queda de 1,71%, a R$ 5,7401 na venda. No ano, a divisa norte-americana acumula alta de cerca de 44% contra o real. (Com Reuters)
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