Os indicadores e as projeções da Europa divulgadas hoje (6) mostram contrações históricas e complicado caminho para recuperação.
As bolsas asiáticas fecharam em alta, com o apetite por risco ainda alimentado por esforços dos EUA e de vários outros países de reabrir suas economias. Porém, na Europa, mercados operam no campo negativo, com indicadores da zona do euro apresentando quedas sem precedentes. Além disso, o Banco Central chinês (PboC) enfraqueceu hoje a taxa de paridade do yuan em relação ao dólar, em um aparente gesto de boa vontade de Pequim em meio a crescentes tensões entre EUA e China relacionados à origem da pandemia.
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Segundo a Eurostat, as vendas no varejo da zona do euro sofreram uma queda histórica de 11,2% em março ante a fevereiro. O resultado veio pior que a expectativa de analistas, que previam contração de 10,5% nas vendas. A Markit também contribuiu para o noticiário negativo da região, o índice de gerentes de compras (PMI) composto da zona do euro, que engloba os setores industrial e de serviços, caiu de 29,7 em março para a mínima histórica de 13,6 em abril.
Batendo o prego do caixão, a Comissão Europeia apresentou suas novas projeções para a região. O PIB da zona do euro deve recuar 7,7% em 2020, por conta dos efeitos do novo coronavírus.
No documento, as previsões de inflação passaram de 1,3% a 0,2%, em 2020 e para 2021, de 1,4% a 1,1%. Patamares bem distantes da meta de 2%.
A Comissão prevê que, até o fim do ano, sete economias da zona do euro terão relação dívida/PIB superior a 100%, com a da Grécia em quase 200% e a da Itália saltando de 135% para 159%.
Com todo esse contexto, destaco o risco de um aumento na instabilidade geopolítica na região.
No Brasil, o dia será marcado pela expectativa em torno da reunião do Copom, que segundo levantamentos deve reduzir a Selic em 0,5p.p. Em menor escala, repercute a decisão da agência Fitch. A instituição reafirmou o rating do Brasil em BB-, mas alterou a perspectiva para a nota de crédito do país de estável para negativa.
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