A pesquisa mensal de serviços do IBGE apontou que, durante o mês de março, o volume caiu 6,9%. Essa é a pior marca da série iniciada no começo de 2011. A explicação não é nenhuma surpresa: a retração é consequência das medidas de isolamento social adotadas para conter o avanço do contágio da Covid-19.
A instituição divide o levantamento em cinco áreas – e todas elas registraram queda, com destaque negativo para os serviços prestados às famílias (-31,2%). Exemplos dessa categoria são hotéis e restaurantes, que tiveram que ser fechados para conter a disseminação do vírus.
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Outra categoria afetada foi a que engloba transportes, serviços auxiliares aos transportes e Correio (-9%). Nessa também temos exemplos claros da queda de demanda, principalmente se levarmos em conta a situação enfrentada pelas companhias aéreas e algumas empresas de transporte rodoviário coletivo de passageiros.
Regionalmente, 24 das 27 unidades da federação também tiveram resultados negativos em março, na comparação com fevereiro, com destaque para São Paulo (-6,2%) e Rio de Janeiro (-9,2%). Infelizmente, são as regiões que justamente estão registrando os maiores problemas de saúde. Os únicos impactos positivos vieram do Amazonas (1,9%), de Rondônia (3,1%) e do Maranhão (1,1%).
Para abril, o indicador deve agravar o recuo, já que o mês teve mais dias de paralisação.
Vale destacar, finalmente, que a atividade brasileira está se contraindo em um ritmo acima do esperado. Isso traz consequências tanto em termos de inflação mais baixa, quanto na queda da arrecadação de impostos. O médio prazo está cada vez mais arriscado no país, explicando em parte o movimento das plataformas de sugerir investimentos com exposição ao exterior.
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