O Ibovespa fechou em forte alta hoje (8), embalado pelo ambiente favorável a risco no exterior após dados norte-americanos e sinais de alívio nos atritos comerciais entre China e Estados Unidos. O movimento praticamente zerou as perdas da semana, quando pesaram questões políticas e fiscais no país.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 2,75%, a 80.263,35 pontos – fechando acima dos 80 mil pontos pela primeira vez na semana, que terminou com declínio acumulado de apenas 0,3%. O volume financeiro somou R$ 22,86 bilhões nesta sexta-feira.
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Na visão do analista de investimentos José Falcão, da Easynvest, as bolsas refletiram a sensação de que o pior no mercado de trabalho nos Estados Unidos pode ter passado, apesar dos números ainda serem assustadores.
A economia norte-americana perdeu 20,5 milhões de postos de trabalho em abril, a queda mais acentuada no emprego desde a Grande Depressão, mas abaixo dos 22 milhões esperados no mercado.
Falcão também destacou declarações que abafaram receios de novos conflitos comerciais entre as duas maiores economias do mundo em um momento muito delicado no cenário global.
Os principais representantes comerciais de EUA e China discutiram a Fase 1 do acordo comercial entre os países nesta sexta-feira. Pequim concorda em melhorar a atmosfera para sua implementação, enquanto Washington disse que os dois lados esperam que as obrigações sejam cumpridas.
“As aberturas graduais de regiões em vários países do mundo é outro fator que cria boas expectativas e ganha impulso com a recuperação do preço do petróleo no mercado internacional e das empresas do setor”, acrescentou o analista da Easynvest.
Em Wall Street, o S&P 500 fechou em alta de 1,69%.
A bolsa paulista também refletiu a repercussão a novos balanços corporativos do primeiro trimestre, entre eles Natura &Co e Yduqs, entre outras notícias de empresas, como anúncio da Via Varejo de que avalia a possibilidade de uma oferta de ações.
A equipe do BTG Pactual destacou que a parte política continua sendo uma das maiores preocupações, uma vez que impacta na programação de reformas, nos ajustes fiscais necessários e, por último, no programa de privatizações, conforme nota enviada a clientes pela área de gestão do banco.
“Quanto à bolsa… estamos em um processo de acumulação do Ibovespa entre 76.000 a 80.000 pontos. Continuamos realizando revisões em nossa grade de projeções, à medida que são publicados os balanços trimestrais, porém os ajustes estão mais intensos e continuamos cortando as nossas estimativas de lucro para 2020 e 2021 em média 35% este ano.” (Com Reuters)
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