A Klabin espera um segundo trimestre com desempenho melhor que os três primeiros meses do ano, quando elevou suas vendas em 8% sobre um ano antes, impulsionada por demanda por papéis para embalagens, desvalorização do real ante o dólar e chances de reajuste no preço de celulose.
Executivos da companhia afirmaram hoje (5), em teleconferência, que a companhia mantém previsão de investimento de R$ 900 milhões neste ano e que o projeto de expansão de produção de papel no Paraná, Puma 2, também mantém expectativa de investimento de R$ 3,8 bilhões.
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“Acreditamos que a forte expedição de embalagens deve se manter no segundo trimestre. Quanto à celulose, esperamos reação tímida de preço, e com desvalorização [do real] esperamos ainda melhores resultados no segundo trimestre em relação ao primeiro”, disse o diretor geral da Klabin, Cristiano Teixeira, durante teleconferência com analistas do setor.
No primeiro trimestre, a Klabin apurou um prejuízo líquido de R$ 3,1 bilhões, praticamente devido ao impacto da desvalorização cambial, porém, o diretor financeiro da companhia, Marcos Paulo Conde Ivo, afirmou que, no longo prazo, este movimento do câmbio será benéfico ao grupo que exporta a maior parte de sua produção.
Segundo Ivo, “se o câmbio ficar em R$ 5, meu pico de alavancagem será menor do que o que tínhamos previsto e nossa desalavacagem será mais rápida”. Ele lembrou que a Klabin tem liquidez de quase R$ 10 bilhões e compromissos de dívida de cerca de R$ 3 bilhões até 2022.
Ainda de acordo com o executivo, em nenhum cenário de estresse testado pela Klabin a companhia demonstrou “risco de liquidez e portanto não há necessidade neste momento de nenhum plano de contingência”.
As units da Klabin figuravam entre as maiores altas do Ibovespa nesta terça-feira, avançando 4,5% às 16h18.
A companhia mantém expectativa de um custo de produção de celulose em 2020 no mesmo nível de 2019 e não está vendo motivos para deixar para uma segunda etapa a implantação da segunda máquina de produção de papel de Puma 2, disseram executivos da Klabin.
Segundo eles, a demanda por papel no Brasil cresceu nos últimos meses por causa das medidas de confinamento da população, que passou a comprar mais mantimentos para permanecerem em casa. Este movimento teria compensado a queda na demanda por embalagens de bens duráveis, como eletrodomésticos.
A demanda por papel, segundo os executivos da Klabin, em abril e maio está nos mesmos níveis dos registrados no ano passado.
E depois da aplicação do reajuste de US$ 20 por tonelada no preço da celulose vendida à China, anunciado em fevereiro, executivos da Klabin avaliam que há espaço para a empresa buscar um incremento adicional de US$ 10 em maio, equiparando-se a anúncios anteriores feitos por rivais. (Com Reuters)
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