A Lyft surpreendeu o mercado hoje (6) com receita acima do esperado no primeiro trimestre e prometeu mais cortes de custos para tornar-se lucrativa, com o bloqueio imposto após o coronavírus nos Estados Unidos afetando a economia.
Os resultados do trimestre deram uma primeira pista sobre o impacto das medidas de isolamento social para combater a propagação do vírus em muitos dos maiores mercados do setor de mobilidade.
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O resultado da Lyft serve de termômetro para o desempenho da rival maior Uber, que divulgará seu balanço amanhã (7).
A Lyft não disse se manterá o objetivo de operar no azul numa base ajustada até o fim de 2021, mas ressaltou que cortes de custos ajudarão no “caminho para a lucratividade”.
A empresa reportou que a receita do primeiro trimestre aumentou 23%, para US$ 955,7 milhões, bem acima dos US$ 884,7 milhões da estimativa de analistas consultados pela Refinitiv.
A Lyft previa originalmente uma receita de aproximadamente US$ 1 bilhão no primeiro quarto de 2020. Diferente da Uber, a Lyft opera apenas nos Estados Unidos e partes do Canadá, onde foram impostas muitas restrições à circulação no fim de março.
Enquanto a Lyft se concentrou no transporte de pessoas, a Uber pode manter algumas receitas através do seu negócio de entrega de comida.
Os clientes nos Estados Unidos fornecem a maior parte da receita para ambas as empresas e as consequências mais prejudiciais para a indústria de transporte urbano por aplicativo são esperadas no segundo trimestre. A Lyft não deu uma previsão para o período.
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O presidente-executivo da Lyft, Logan Green, disse que a empresa está preparada para enfrentar a crise. “Estamos respondendo à pandemia com um agressivo plano de redução de custos que nos dará uma despesa ainda menor e permitirá que saiamos mais fortes da crise”, disse Green.
A empresa disse ter US$ 2,7 bilhões em caixa livre e que cortará cerca de US$ 300 milhões em despesas até o fim do ano. (Com Reuters)
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