Em nota de crédito do Banco Central, os dados de abril mostraram que as concessões de crédito não avançaram como esperado pelos investidores. O risco é que os recursos não cheguem aos pequenos e médios empresários.
O Banco Central do Brasil apresentou os dados do mercado de crédito de abril, e as concessões ficaram aquém do esperado. O risco é que todo o esforço da instituição monetária para estimular o mercado, de modo que os pequenos negócios consigam se manter durante o isolamento, seja frustrado.
Ao fazer a conexão com o mercado financeiro, vemos que grandes empresas estão conseguindo se financiar. Ligando os pontos, existe sim o risco que os bancos estejam represando recursos, liberando apenas para grandes companhias. O risco é uma onda de recuperações judiciais como nunca vista antes no Brasil.
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As concessões totais de crédito somaram R$ 296 bilhões em abril. Na série com ajuste sazonal, houve redução de 16,5% em relação ao mês anterior, fruto de variações de – 21,1% nas empresas e de – 13,2% nas famílias.
Nos Estados Unidos, houve uma primeira onda de demissões muito forte e, após a retomada, estamos vendo uma nova. O risco de o Brasil repetir esse cenário é muito grande: as empresas abrem as portas, os consumidores não aparecem e elas decidem encerrar as atividades de vez.
Um ponto que vale a pena comentar é que o relatório também aponta que a taxa média de juros das operações contratadas em abril alcançou 21,5% a.a., com quedas de 1,2 p.p. no mês e de 3,5 p.p. em 12 meses. O spread geral das taxas de juros das concessões situou-se em 17,2 p.p., com declínios de 0,8 p.p. e 1,6 p.p. nos mesmos períodos.
Uma relação direta com os movimentos recentes do Banco Central, que reduziu a taxa básica de juros e ainda sinalizou que continuará o movimento em junho. Particularmente, acreditamos que essas taxas deverão permanecer muito baixas por um longo período.
Para um empresário que se encontra em dificuldades, o conselho seria: informe-se e negocie ao máximo com os bancos para aliviar a situação atual.
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