Primeiro, vamos os fatos: em abril, a balança comercial da China veio melhor do que o esperado. O superávit comercial geral do país chegou a US$ 45,34 bilhões no mês, muito maior do que os US$ 19,9 bilhões de março e do que os US$ 9 bilhões projetado pelos analistas.
Agora, um detalhe: as exportações aumentaram 3,5% em abril na comparação anual, bem acima da queda de 18,8% projetada pelos investidores, em função, principalmente, do aumento nos embarques para o sudeste asiático. Já as importações chinesas caíram 14,2% na comparação anual de abril. A projeção era um recuo de 15,8%.
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Vamos, então, à lupa: esse indicador precisa ser acompanhado de perto. Isso por causa da contrapartida, ou seja, se a China diz que exportou 100 unidades de um determinado produto para um determinado país, é possível conferir se esse país acusa a importação dessas 100 unidades do produto chinês. Existe um desconforto grande no mundo todo em torno da transparência dos indicadores divulgados na China.
Mesmo com tudo isso no radar, o indicador de hoje é, realmente, um bom sinal no meio de tantas notícias negativas. Além do mais, o fato de o sudeste asiático ser um ponto positivo nas exportações mostra que a região de maior sucesso no combate ao coronavírus está, também, mostrando uma retomada econômica.
Em quarto lugar, temos o risco: como boa parte do mundo fechou suas fábricas em abril, pode ser que essa demanda extra por produtos chineses seja, na verdade, uma falta de fornecedores em outros locais.
E, por último, um dado extra: o resultado da Anheuser-Busch InBev, uma das maiores fabricantes de bebidas do mundo, indicou que seus resultados do território chinês apontam para uma recuperação.
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