O dólar oscilava entre altas e baixas contra o real hoje (1), começando o mês de olho nas relações entre Estados Unidos e China e nas tensões políticas no ambiente doméstico após protestos ontem (31) por todo o Brasil.
Às 10:10, o dólar avançava 0,51%, a R$ 5,3676 na venda, enquanto o contrato mais negociado de dólar futuro operava com ganho de 0,58%, a R$ 5,3745.
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A moeda norte-americana operava com volatilidade. Na máxima do dia, a divisa foi a R$ 5,3721, depois de ter caído a R$ 5,3110 na mínima, perda de 0,55%.
Na sexta-feira (29), após grande ansiedade dos investidores globais, o presidente norte-americano, Donald Trump, disse que determinou a seu governo que inicie o processo para eliminar o tratamento especial concedido a Hong Kong em resposta aos planos da China de impor uma nova legislação de segurança para o território.
As medidas anunciadas foram recebidas com certo alívio pelos mercados, uma vez que parecem não interferir na Fase 1 do acordo comercial sino-americano e não envolvem a imposição de novas tarifas sobre Pequim. No entanto, a cautela permanece, já que a China disse hoje que as tentativas dos Estados Unidos de prejudicar seus interesses serão enfrentadas com contrapartidas firmes.
Segundo Jefferson Rugik, da Correparti Corretora, dados sobre a atividade da China também estavam no radar dos operadores, elevando os ânimos em meio a sinais de recuperação na segunda maior economia do mundo. A atividade industrial chinesa voltou inesperadamente a crescer em maio, uma vez que as medidas de contenção do coronavírus foram aliviadas.
Enquanto isso, no cenário local, o clima era de tensão, com o conflito crescente entre os poderes Executivo e Judiciário das últimas semanas pesando nos mercados locais.
Ontem, manifestantes pró e contra o governo entraram em conflito em São Paulo com a Polícia Militar, enquanto o presidente Jair Bolsonaro cumprimentou apoiadores que se aglomeraram em frente ao Palácio do Planalto, com alguns deles carregando cartazes em repúdio ao Supremo, como “abaixo a ditadura do STF”.
“Foi mais um final de semana bastante tenso”, disse Filipe Villegas, estrategista da Genial Investimentos, em live no Youtube hoje. “Essa polarização política ainda vai dar pano para manga e sem sombra de dúvidas pode se refletir no preço dos ativos aqui no Brasil.”
Na última sessão, na sexta-feira, o dólar negociado no mercado interbancário fechou em baixa de 0,85%, a R$ 5,3404.
A moeda norte-americana perdeu força desde que tocou máximas recordes a poucos centavos dos R$ 6 no mês passado, mas ainda acumula alta de mais de 30% no ano de 2020, impulsionado por um ambiente de juros baixos, crescimento fraco e incertezas políticas.
O Banco Central realizará hoje leilão de swap tradicional para rolagem de até 12 mil contratos com vencimento em setembro de 2020 e fevereiro de 2021. (Com Reuters)
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