A Embraer informou ontem (15) que acertou uma linha de capital de giro para exportação de até US$ 600 milhões, com prazo de até quatro anos.
Do total, até US$ 300 milhões virão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com o restante por bancos comerciais.
Em comunicado, a fabricante de aeronaves afirmou que a linha reforçará sua posição de caixa e que segue “avaliando formas adicionais de financiamento, de maneira a manter um perfil de endividamento de longo prazo”.
O acerto da linha foi condicionado ao compromisso da empresa de manter empregos por dois meses, disse à Reuters o superintendente da área industrial do BNDES, Marcos Rossi. O banco também impôs restrições à distribuição de dividendos e pagamento de juros sobre capital próprio a acionistas.
Segundo Rossi, apesar do empréstimo se enquadrar numa linha tradicional do BNDES, de pré-embarque, o banco incluiu a cláusula de manutenção de empregos, que faz parte da linha emergencial para empresas afetadas pela pandemia da Covid-19.
O setor aéreo sofre com os efeitos da pandemia com forte redução de receita e demanda. O BNDES discute com um sindicato de bancos desde abril um socorro para companhias aéreas do país.
O modelo prevê uma operação híbrida, incluindo emissão de debêntures e bônus. A Embraer pode ser incluída nessa ajuda, mas o empréstimo de ontem será destinado ao capital de giro.
A demanda inicial da Embraer para essa linha era de até US$ 1 bilhão. Rossi admitiu que a frustração do acordo da Embraer com a Boeing influenciou no tamanho do empréstimo. (Com Reuters)
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