O dólar acelerava a alta contra o real a mais de 1% nesta quinta-feira, sofrendo ajuste após perdas expressivas nas últimas sessões, enquanto os investidores mudavam seu foco para as relações entre Estados Unidos e China e dados norte-americanos decepcionantes.
A China alertou hoje que será forçada a reagir depois que os EUA ordenaram o fechamento de seu consulado em Houston, uma medida que o Ministério das Relações Exteriores chinês disse ter “prejudicado severamente” as relações entre os dois países.
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Washington deu 72 horas para a China fechar o consulado “para proteger propriedade intelectual e informações particulares norte-americanas”, o que preocupava os investidores sobre o futuro do pacto comercial entre as duas maiores economias do mundo e levava à compra de moedas seguras, como o dólar.
Ainda no radar dos investidores estava a notícia de que o número de norte-americanos que entraram com pedidos de auxílio-desemprego aumentou na semana passada pela primeira vez em quase quatro meses, sugerindo que a recuperação do mercado de trabalho dos EUA está estagnando em meio ao aumento dos casos de Covid-19 e demanda fraca.
“Há um pouco de correção, que foi motivada principalmente pela decepção com dados de auxílio-desemprego nos Estados Unidos”, disse Flávio Serrano, economista-chefe do banco Haitong. A moeda tinha apresentado movimento bastante forte nos últimos dias” e agora devolve parte das perdas, completou.
No exterior, o dólar era ganhador contra as principais divisas pares do real, depois de um início de semana positivo para ativos de risco.
Às 10:26, o dólar avançava 1,19%, a R$ 5,1750 na venda. O contrato mais líquido de dólar futuro subia 0,98%, a R$ 5,171.
Apesar da alta hoje, a moeda norte-americana ainda tem queda de mais de 4% até agora na semana, depois que esperanças de estímulo global e sinais de retomada na agenda de reformas brasileira impulsionaram as apostas no real nos últimos pregões.
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Mas, no ano, o dólar acumula salto de quase 30% contra a divisa brasileira, o que muitos analistas associam ao cenário de juros em mínimas históricas, que torna rendimentos locais menos atraentes para o investidor estrangeiro e, consequentemente, afeta o fluxo cambial.
Na véspera, o dólar spot havia recuado 1,87%, a R$ 5,1143 na venda, menor patamar desde 12 de junho. (Com Reuters)
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