O Banco Bradesco divulgou hoje (30) uma queda de 40,1% no lucro do segundo trimestre com o aumento de provisões multibilionárias para créditos de liquidação duvidosa.
O segundo maior banco privado do país teve um lucro líquido recorrente, que exclui itens extraordinários, de R$ 3,873 bilhões contra R$ 6,462 bilhões no ano anterior e também 10,3% abaixo da estimativa média de R$ 4,316 bilhões de analistas consultados pela Refinitiv.
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O banco reservou R$ 3,8 bilhões e R$ 747 milhões em provisões extraordinárias para enfrentar as perdas esperadas com empréstimos e seguros relacionados à pandemia de Covid-19, respectivamente.
No primeiro trimestre, o Bradesco já havia provisionado R$ 2,7 bilhões para possíveis perdas com crédito.
A mais recente ação do Bradesco indica que o banco prevê perdas decorrentes da crise de coronavírus maiores do que o inicialmente calculado por seus gestores.
As provisões para perdas com operações de crédito aumentaram 155% em relação ao mesmo período ano anterior, para R$ 8,9 bilhões.
A receita de tarifas também foi pressionada pelas medidas de isolamento social, caindo 7,9% em relação ao mesmo período do ano anterior e do primeiro trimestre, principalmente pela queda nos pagamentos com cartão.
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Ainda assim, a demanda de grandes empresas impulsionou um aumento de 0,9% em sua carteira de empréstimos em três meses, apesar da queda no estoque de crédito ao consumidor, aumentando a margem financeira em 15,3%.
O Bradesco mostrou que tem tentado enfrentar a crise através do corte de custos, uma vez que as despesas operacionais caíram 2,5% ante o primeiro trimestre. O banco fechou 233 agências.
O retorno sobre o patrimônio, um barômetro de lucratividade, caiu 8,7 pontos percentuais em relação ao ano anterior, para 11,9%, mas ficou praticamente em linha com o primeiro trimestre.
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