A BP cortou seus dividendos pela primeira vez em uma década, após um prejuízo recorde de US$ 6,7 bilhões no segundo trimestre, quando a crise do coronavírus impactou a demanda por combustíveis.
Mas a companhia conseguiu passar uma mensagem positiva aos investidores ao acelerar planos de reinvenção como uma empresa de baixo carbono– as ações subiam mais de 7% após a petroleira ter divulgado objetivos de reduzir sua produção de petróleo e gás em 40% e aumentar investimentos em energias renováveis como usinas eólicas e solares na próxima década.
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Todas grandes petroleiras têm sofrido no segundo trimestre, uma vez que medidas de isolamento adotadas para conter a disseminação do novo coronavírus limitaram viagens e levaram os preços do petróleo a tocar os menores níveis em duas décadas.
Diversas delas cortaram dividendos em resposta, incluindo Shell e a norueguesa Equinor.
O presidente da BP, Bernard Looney, que assumiu o cargo em fevereiro, evitou reduzir os dividendos no primeiro trimestre, apesar de uma piora nas condições de mercado e do corte de dividendos por rivais.
Mas hoje (4) a BP reduziu o dividendo em 50%, para US$ 5,25 por ação, enquanto analistas estimavam corte de 40%.
O prejuízo líquido da BP ficou em linha com as expectativas de analistas e foi em grande parte devido à decisão da empresa de realizar baixas contábeis de US$ 6,5 bilhões no valor de seus ativos de exploração de petróleo e gás após uma revisão de projeções de preços.
A BP registrou impairments totais de US$ 17,4 bilhões, no limite superior de sua projeção anterior.
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“Esses resultados foram guiados por outro trimestre desafiador, mas também por medidas deliberadas que tomamos à medida que continuamos a reimaginar a energia e reinveintar a BP”, disse Looney em um comunicado, em referência às baixas contábeis.
O prejuízo, segundo definições contábeis da BP, é o primeiro registrado pela empresa segundo dados do Refinitiv Eikon. Looney disse que foi “o mais duro trimestre na história da indústria”. (Com Reuters)
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