A CCR passou de lucro para prejuízo no segundo trimestre, refletindo a queda de tráfego de rodovias, aeroportos e outros modais de mobilidade urbana sob sua concessão diante das medidas de isolamento social tomadas para conter a pandemia do coronavírus.
A companhia anunciou hoje (12) que teve prejuízo comparável de R$ 164,7 milhões de abril a junho, ante lucro de R$ 329,5 milhões em igual etapa de 2019. O prejuízo, no entanto, foi menor do que a previsão média de analistas consultados pela Refinitiv, de R$ 194,6 milhões.
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O tráfego consolidado no trimestre das rodovias sob concessão da CCR, incluindo o Sistema Anhanguera/Bandeirantes e a Via Dutra, caiu 22,1% ano a ano, enquanto na mobilidade urbana o declínio atingiu 73,6%, atingindo 95% em aeroportos.
“A recuperação no tráfego de todos os modais vem acontecendo nos últimos meses, conforme as medidas de isolamento social vêm sendo reduzidas”, disse Marcus Vinicius Vieira Macedo, gestor de relações com investidores da CCR.
O resultado operacional da companhia medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado pela mesma base somou R$ 819,4 milhões, queda de 39,7% ano a ano. A previsão de analistas para esta linha era de R$ 678,3 milhões.
Segundo Macedo, a expectativa da companhia no momento é de manter os investimentos previstos para 2020, de quase R$ 2 bilhões, a despeito dos efeitos da crise.
O executivo disse que a empresa segue interessada em participar de leilões de infraestrutura para os diferentes modais em que atua, incluindo o de aeroportos, segmento que especialistas dizem que deve ser um dos que terão recuperação mais lenta dos efeitos da pandemia.
“No longo prazo, o setor de aeroportos continua fazendo sentido e nosso interesse não mudou”, disse Macedo. (Com Reuters)
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