O dólar era negociado em queda acentuada contra o real hoje (18), cedendo algum terreno depois de registrar forte avanço na sessão anterior, após o ministro da Economia, Paulo Guedes, buscar tranquilizar os mercados sobre sua relação com o governo Bolsonaro.
Às 10:25, o dólar recuava 1,10%, a R$ 5,4356 na venda. Na mínima do dia, a divisa norte-americana foi negociada a R$ 5,4215. O contrato mais negociado de dólar futuro caía 1,3%, a R$ 5,440.
LEIA MAIS: IGP-M acelera alta na 2ª prévia de agosto com pressão do atacado, diz FGV
Ontem (17), Guedes afirmou que a confiança entre ele e o presidente Jair Bolsonaro é recíproca, e também reforçou seu compromisso com o teto de gastos, dizendo que, diante da vontade da administração de investir em obras públicas, seu papel é alertar sobre as limitações colocadas pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
As declarações do ministro foram dadas após um dia em que rumores sobre sua eventual saída mexeram com o mercado, levando o dólar à vista a saltar 1,26%, a R$ 5,4959 na venda, uma máxima em quase três meses, e a moeda norte-americana chegou a superar os R$ 5,51 no pico da sessão.
Além disso, o presidente Jair Bolsonaro disse à “CNN” que a saída do ministro nunca foi cogitada e que a chance de furar o teto de gastos é zero.
“Hoje os mercados estão mais tranquilos, e o dólar continua fraco no exterior”, explicou Álvaro Bandeira, economista-chefe do banco digital Modalmais. “Além disso, houve um alívio político com a fala do Paulo Guedes e de Bolsonaro, sinalizando que entraram juntos e vão sair juntos” do governo.
Segundo Bandeira, o dólar está sendo negociado em patamar um pouco exagerado, e, como tendência, deve acabar voltando para um patamar próximo a R$ 5,30 no futuro próximo.
Apesar de ter deixado para trás níveis recordes próximos a R$ 6, o dólar ainda acumula alta de cerca de 35% em 2020 em meio a tensões políticas, incertezas econômicas e um cenário de juros baixos.
Já no exterior, o dólar voltava a ceder terreno contra uma cesta de moedas fortes ontem, mantendo uma tendência de queda vista nas últimas semanas em meio a dúvidas sobre a recuperação econômica dos Estados Unidos. A fraqueza da moeda norte-americana se espalhava para mercados arriscados, impulsionando rand sul-africano, lira turca, peso mexicano e dólar australiano.
Além das crescentes tensões entre EUA e China após decisão do presidente Donald Trump sobre a Huawei, a corrida eleitoral norte-americana também estava no radar dos mercados internacionais.
Neste pregão, o Banco Central realizará leilão de até 12 mil contratos de swap cambial para rolagem com vencimentos divididos entre março e julho de 2021. (Com Reuters)
Siga FORBES Brasil nas redes sociais:
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Participe do canal Forbes Saúde Mental, no Telegram, e tire suas dúvidas.
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.