Hedge funds que apostaram contra ações de empresas de viagens neste ano lucraram US$ 1 bilhão até julho e têm US$ 2,98 bilhões em posições vendidas no setor, mostraram documentos regulatórios e dados de empréstimos de ações de bancos de investimento.
A pandemia do coronavírus infligiu enormes perdas e quedas no preço das ações de companhias aéreas, hotéis e empresas de cruzeiros, conforme medidas de isolamento e restrições de viagens interromperam os planos de férias para milhões de pessoas em todo o mundo.
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Grandes hedge funds como Citadel, Sandbar Asset Management e Marshall Wace assumiram posições vendidas no setor de turismo, mostraram documentos. Os hedge funds não quiseram comentar.
Cálculos da provedora de dados Ortex Analytics mostraram que os vendedores a descoberto ganharam € 853,6 milhões (US$ 1 bilhão) nos primeiros sete meses do ano com operações vendidas no setor de turismo, ante € 174,1 milhões no mesmo período de 2019.
A companhia aérea Lufthansa foi um dos alvos mais lucrativos das operações, gerando aos vendedores a descoberto mais de € 150,3 milhões de lucro no período.
Alguns hedge funds aumentaram as posições vendidas durante as medidas de isolamento mais rígidas entre março e maio, antes de amenizá-las, já que a Europa obteve algum sucesso na redução de infecções. Mas novos surtos pontuais e novas medidas de isolamento induziram os hedge funds a renovar as posições.
As empresas de viagens e turismo atualmente têm US$ 2,978 bilhões de shorts pendentes contra elas, US$ 200 milhões a mais no mês passado, de acordo com dados da Ortex.
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As ações tiveram uma recuperação modesta desde o início de agosto, mas isso atraiu muito mais vendedores a descoberto, disse Peter Hillerberg, cofundador da Ortex.
“Este não é o fim da história; já nos últimos dias vimos novas posições sendo abertas, à medida que os investidores procuram tirar proveito dos preços mais elevados das ações”, disse ele. (Com Reuters)
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