As construtoras Kallas e Patrimar pediram ontem (6) registro para suas ofertas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês), engrossando a fila de empresas do setor em busca de recursos no mercado acionário para financiar planos de expansão.
Ambas as operações envolvem ofertas primária e secundária, ou seja, servirão tanto para que as empresas captem recursos para investimentos quanto para dar saída de atuais investidores.
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A Kallas, que afirma ter um banco de terrenos com Valor Geral de Vendas (VGV) potencial superior a R$ 10 bilhões, sendo mais de 95% na região metropolitana de São Paulo, e opera nos segmentos econômico, de médio e de alto padrão, além de ter um braço de loteamentos e um corretora imobiliária.
Já a Patrimar, que opera na cidade-sede de Belo Horizonte, além de Rio de Janeiro e regiões metropolitanas, na capital e no interior paulista, atua nos segmentos comercial e residencial, com presença no alta e média rendas (Patrimar) e no de imóveis populares (Novolar).
Com Kallas e Patrimar, o setor de construção civil tem 12 das 23 empresas brasileiras à espera de aval da CVM para seguirem adiante com seus IPOs. O grupo também inclui Canopus, Almeida Junior, Pacaembu, One Innovation, Cury, Alphaville Urbanismo, Lavvi, Nortis, Plano & Plano, Melnick.
O movimento acontece no momento em que a taxa básica de juros no país caiu na véspera à mínima histórica de 2% ao ano, com o Banco Central tentando ajudar a combater os efeitos recessivos da pandemia do coronavírus.
A Abecip afirmou em julho que o crédito destinado à compra e construção de imóveis avançaram 28,6% no primeiro semestre, a R$ 43,35 bilhões, com a entidade afirmando que o impacto da crise sobre o setor foi reduzido.
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Mas enquanto cada vez mais construtoras tornam públicos seus planos de crescer captando dinheiro na bolsa, outras já fazem movimento contrário, o que pode indicar que o investidor pode não estar tão empolgado para comprar ativos ligados ao setor.
A Direcional Engenharia anunciou na semana o cancelamento de oferta de ações de sua controlada Riva 9, citando “condições de mercado”. Nesta semana foi a vez da You Inc abrir mão do IPO pelo mesmo motivo. (Com Reuters)
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