A produtora de software para o varejo Linx está em tratativas finais para uma possível combinação de negócios com a empresa de meio de pagamentos StoneCo, em um anúncio no meio do pregão de hoje (11) que fez as ações de ambas dispararem.
A Linx afirmou em fato relevante que “não há, neste momento, nenhum documento vinculativo assinado pela companhia a respeito dessa transação, e, portanto, não há garantia de que uma potencial operação seja concluída”.
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Por volta de 14:35, as ações da Linx saltavam 25,69%, a R$ 32,88, após terem disparado quase 33%, a R$ 34,73 na máxima da sessão, liderando com folga o índice Small Caps, que subia 1,6%. Em Nova York, onde são negociados, os papéis da StoneCo avançavam 12,21%, a US$ 52,94, tendo alcançado US$ 54,43 no melhor momento.
Analistas do Bradesco BBI destacaram que a Linx possui alto valor estratégico, considerando que possui aproximadamente 45 mil clientes no segmento de varejo, com uma participação de mercado de aproximadamente 43%.
“Embora seu negócio principal tenha enfrentado alguns desafios nos últimos trimestres, especialmente em relação ao crescimento, a base de clientes da empresa oferece uma oportunidade atraente para monetização, além de apenas a receita de software”, afirmaram em relatório a clientes.
Além disso, eles destacaram que um parceiro poderia ajudar nessa monetização de base por meio de um produto de pagamentos ou mesmo outras possibilidades.
Do lado da StoneCo, a equipe do Bradesco BBI observou que, embora não tenham nenhum detalhe específico sobre a transação, a companhia atualmente tem 531 mil comerciantes em sua base de clientes (segundo dados do primeiro trimestre), e a Linx poderia somar cerca de 170 mil.
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“Além do aumento no número de clientes, uma plataforma cada vez mais integrada de pagamento para ERP poderia ajudar a reduzir o churn, melhorando a fidelidade e a aderência”, avaliaram os analistas.
Eles ponderaram, no entanto, que um dos caminhos de crescimento mais promissores para Stone é a distribuição de serviços financeiros digitais, como crédito e seguros fornecidos por terceiros.
“Se essa transação com a Linx é apenas um trampolim para que isso seja possível, ótimo. Se, no entanto, a ideia for apenas replicar de forma integrada o modelo com ISVs (fornecedores independentes de software) visto nos Estados Unidos e em outros países, as perspectivas seriam menos promissoras, a nosso ver.”
A equipe do Bradesco BBI ainda ressaltou que, dado o histórico de Stone, esperaria que a empresa seguisse uma solução de software mais completa antes de poder entender e conhecer melhor as necessidades de seus clientes em outras frentes (como crédito e seguro). (Com Reuters)
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