A B3 teve um lucro bilionário no segundo trimestre, beneficiada pelo salto nos volumes de negócios em seus mercados diante da maior volatilidade provocada pela pandemia da Covid-19 e pela volta surpreendentemente rápida das ofertas de ações.
A única operadora de infraestrutura de mercado financeiro do país anunciou ontem (13) que teve lucro recorrente de R$ 1,01 bilhão entre abril e junho, um aumento de 28,9% ante mesma etapa de 2019. O número veio quase em linha com a previsão média de analistas ouvidos pela Refinitiv, de R$ 1,1 bilhão para o período.
A receita líquida da companhia subiu 34,3% no comparativo ano a ano, para R$ 1,9 bilhão, com impulso do chamado segmento listado, com um salto de 48,7%.
A empresa registrou aumento de 126,7% no número médio de investidores ativos na depositária de renda variável, diante do maior interesse por diversificação de investimentos em um ambiente de taxa de juros na mínima histórica.
O desempenho operacional medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 1,419 bilhão, aumento ano a ano de 42%, embora o número tenha vindo levemente abaixo da previsão média de analistas, de R$ 1,46 bilhão.
EMISSÃO E PROJEÇÕES
Em comunicado separado, a B3 anunciou que seu conselho de administração autorizou uma emissão de R$ 3,55 bilhões, com prazo de quatro anos.
A B3 também revisou projeção de investimentos de 2020 para R$ 395 milhões a R$ 425 milhões, ante faixa anterior de R$ 300 milhões a R$ 330 milhões, citando o novo patamar de volumes do mercado que levaram a aumento da capacidade dos sistemas e plataformas.
A companhia também revisou a previsão para despesa atrelada ao faturamento, de R$ 145 milhões a R$ 165 milhões para R$ 170 milhões a R$ 200 milhões. A companhia citou que a mudança decorre de novos programas de incentivos nos mercados listado e de balcão, além da recuperação, mais rápida que inicialmente prevista, de financiamento de veículos.
A B3 ainda anunciou que decidiu adiar deste mês para janeiro de 2021 o início das novas políticas de tarifas no mercado à vista de ações. (Com Reuters)
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