O dólar à vista recuava pela segunda sessão consecutiva contra o real hoje (15), chegando a tocar R$ 5,2210 na mínima do dia em meio à fraqueza da moeda norte-americana no exterior diante do otimismo sobre uma recuperação econômica e expectativas sobre importantes reuniões de bancos centrais esta semana.
Dados desta manhã mostraram que a produção industrial da China acelerou no ritmo mais forte em oito meses em agosto, enquanto as vendas varejistas cresceram pela primeira vez em 2020, sugerindo que a recuperação na segunda maior economia do mundo está ganhando terreno.
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Vários analistas apontavam os números encorajadores como um impulso para os ativos de risco neste pregão, que já haviam sido beneficiados na véspera por notícias de progresso no desenvolvimento de uma vacina para a Covid-19.
“Tudo que envolve a China tem um impacto muito forte e efeito de tração para o bom humor, mostrando que a economia chinesa cresceu de forma mais célere do que se imaginava”, contaminando ativos de risco, como o real”, explicou Lucas Carvalho, analista da Toro Investimentos.
Mas, “apesar dos dados, o mercado fica um tanto cauteloso à medida que os investidores aguardam decisões de juros”, acrescentou.
O Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil inicia hoje sua reunião de decisão de juros de dois dias. Amanhã (16), ao final de seu encontro, o BC provavelmente vai manter a taxa básica de juros Selic na mínima recorde de 2,0%, adotando uma visão neutra que deve continuar até que um ciclo de aperto monetário comece no segundo semestre de 2021, mostrou uma pesquisa da Reuters.
Já nos Estados Unidos, em sua primeira reunião de política monetária desde que o chair do Fed, Jerome Powell, anunciou uma postura mais acomodatícia sobre a inflação, o banco central norte-americano pode mudar suas compras de Treasuries para dívidas de prazo mais longo de forma a manter baixos os rendimentos de longo prazo, disseram alguns estrategistas.
Às 10:17, o dólar recuava 0,46%, a R$ 5,2505 na venda. Na mínima do dia, a divisa norte-americana foi a R$ 5,2210 na venda, patamar que seria o mais baixo para fechamento desde 31 de julho (R$ 5,2185 na venda). O principal contrato de dólar futuro tinha queda de 0,46%, a R$ 5,2485.
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No exterior, moedas arriscadas pares do real — como rand sul-africano, peso mexicano e dólar australiano — apresentavam alta contra a divisa norte-americana nesta manhã.
Ontem (14), o dólar spot registou queda de 1,10% contra o real, a R$ 5,2747 na venda. (Com Reuters)
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