A oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da empresa de informações crédito Boa Vista foi precificada ontem (29), a R$ 12,20 cada, movimentando R$ 2,17 bilhões.
Segundo informações publicadas no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o preço saiu no centro da faixa estimada pelos coordenadores da oferta, que variava entre R$ 10,80 a R$ 13,60 por ação.
A oferta primária – composta por ações novas, cujos recursos serão usados pela empresa para financiar aquisições – captou R$ 1,3 bilhão. Já oferta secundária, ou seja, os papéis negociados detidos por atuais sócios da Boa Vista – a empresa de private equity TMG Capital e a Associação Comercial de São Paulo – girou R$ 870 milhões. A empresa também tem entre os sócios a norte-americana Equifax.
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O movimento acontece após a entrada em vigor da reforma do cadastro positivo no Brasil, no qual todas as pessoas farão parte de um sistema unificado de histórico de crédito, exceto se exigirem exclusão.
O ajuste é visto por especialistas como fundamental para permitir que o sistema de cadastro positivo deslanche no país e se torne comum, como acontece em mercados como os Estados Unidos.
A expectativa de expansão desse mercado no Brasil é apoiada na projeção de forte crescimento do crédito nos próximos anos, no encalço da queda da taxa básica de juros para a mínima histórica de 2% ao ano.
Além da Boa Vista, esse mercado é explorado no país pela líder do setor, Serasa Experian, e pela Quod, que tem como sócios os cinco maiores bancos brasileiros.
A estreia da Boa Vista, cujas ações devem ser negociadas no pregão da B3 a partir de amanhã (30) sob o ticker BOAS3, ocorre em meio a um momento de turbulência no mercado. Diante disso, várias empresas que estavam nas fila do IPO desistiram dos planos, incluindo a Compass, unidade da Cosan, cuja operação deveria ser precificada também nesta segunda-feira.
A construtora Melnick, que estreou no pregão também nesta segunda, vendeu suas ações no IPO no piso da faixa estimada, enquanto as operações das também construtoras Cury e a Plano & Plano, todas neste mês, venderam papéis abaixo do valor indicado. (Com Reuters)
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