O Banco Central voltou a reforçar suas projeções hoje (15) de um cenário tranquilo para a inflação doméstica e reiterou que, por razões prudenciais e de estabilidade financeira, o espaço remanescente para cortar a Selic, caso existente, deve ser pequeno.
As projeções para a inflação apontam para o IPCA em 2,47% neste ano, um aumento de 0,35 ponto percentual, se comparado com a estimativa da semana anterior, mas ainda distante da meta de inflação. Para 2021 e 2022, as expectativas do Boletim Focus são de IPCA de 3,02% e 3,5%.
A meta de inflação para 2020 é de 4%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Para 2021 e 2022, as metas são 3,75% e 3,5%, respectivamente.
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Em evento promovido pela corretora XP Investimentos e pelo banco Goldman Sachs, o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, destacou que futuros ajustes no atual nível de estímulo monetário, caso ocorram, dependem da percepção sobre a trajetória fiscal, bem como sobre novas informações que alterassem a atual avaliação do Comitê de Política Monetária (Copom) quanto à inflação prospectiva.
Também em apresentação, a diretora de Assuntos Internacionais do BC, Fernanda Nechio, ressaltou que projeções do BC são de inflação abaixo da meta no horizonte relevante para a política monetária, que abarca 2021 e, em menor grau, 2022.
Ela frisou ainda que o Copom não pretende reduzir o grau de estímulo monetário, a menos que as expectativas de inflação, bem como suas projeções, estejam suficientemente próximas da meta.
Em setembro, o Copom manteve a Selic em 2% ao ano. A próxima reunião do colegiado acontece nos dias 27 e 28 de outubro. (Com Reuters)
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