O alívio da dívida dos países mais pobres do mundo poderá ser estendido por mais seis meses, segundo informações divulgadas hoje (12) pelo presidente do Banco Mundial, David Malpass. Os países credores da dívida do G20, todavia, relutam em ampliar o alcance e estender o prazo.
Em coletiva de imprensa do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI), Malpass salientou que os grupos de trabalho da dívida do G20 não chegaram a um acordo sobre a extensão por um ano da Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida do G20 (DSSI). “Acho que pode-se chegar a um compromisso de uma uma extensão de seis meses a ser renovada, dependendo da sustentabilidade da dívida”, disse Malpass.
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Ministros das finanças e diretores de bancos centrais das principais economias do G20 devem se reunir por videoconferência na quarta-feira (14). Em maio, eles lançaram uma iniciativa para permitir que os países pobres suspendessem os pagamentos da dívida bilateral oficial, devida aos países credores do G20 até o final deste ano. A iniciativa, segundo Malpass, liberou US$ 5 bilhões para medidas contra o coronavírus. .
Malpass e Kristalina Georgieva, diretora-gerente do FMI, alertaram para a necessidade do aumento do alívio da dívida para os países pobres e de renda média, incluindo a redução do valor principal, a fim de evitar uma “década perdida”, enquanto a pandemia destrói a atividade econômica.
O presidente do Banco Mundial ainda afirmou que as duas instituições irão propor um plano de ação conjunta para reduzir a dívida total dos países pobres por meio da redução das dívidas insustentáveis. No entanto, salientou que as nações devedoras precisam exigir mais fortemente o alívio da dívida, para que mais progresso seja feito. “Os líderes das nações devedoras têm sido respeitosos com os credores”, disse Malpass, adicionando ser necessário que falem abertamente sobre a redução do peso da dívida.
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O último estudo do Banco Mundial sobre a dívida dos países pobres com o G20 mostrou que, entre os países elegíveis para o programa de alívio dos débitos com o G20, a dívida externa subiu 9,5% em 2019, perfazendo um total de US$ 744 bilhões.
A dívida bilateral dos países mais pobres com os países do G20 chegou a US$ 178 bilhões em 2019, sendo US$ 121 bilhões devidos para China (63% do total). Em 2013, ano em que Pequim lançou seu projeto global de infraestrutura rodoviária e de integração territorial, a dívida estava na casa dos 45%, aumentando 18% desde então. (Com Reuters)
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