A Gerdau teve lucro líquido consolidado no terceiro trimestre de R$ 795 milhões, um salto de 175% em relação ao mesmo período de 2019, de acordo com dados divulgados hoje (28), influenciado por maiores volumes vendidos no mercado interno e melhores resultados no Brasil e América do Sul.
O resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado cresceu 46% ano a ano, para R$ 2,139 bilhões, com margem Ebitda ajustada em 17,5%, de 14,8% um ano antes. Projeções compiladas pela Refinitiv apontavam Ebitda de R$ 1,69 bilhão para o período.
O resultado saiu alguns dias depois da rival CSN publicar lucro de R$ 1,26 bilhão, com Ebitda ajustado crescendo 124% e com a margem subindo de 25,1% para 39%, impulsionada por preços maiores de aço e minério de ferro e vendas maiores.
A Gerdau produziu 17% mais aço no terceiro trimestre e vendeu 4% mais em relação ao mesmo período do ano passado. A receita cresceu 23%, enquanto o custo das vendas subiu 18% e as despesas com vendas, gerais e administrativas avançaram 2%.
Com o desempenho do período, a alavancagem da companhia caiu de 2,78 vezes no final de junho para 2,07 vezes no fim de setembro, perto do nível de 1,96 vez do final do terceiro trimestre do ano passado.
A companhia projetou investimento de R$ 1,6 bilhão para este ano, dentro de um pacote de 6 bilhões de 2019 a 2021.
Parte do resultado da Gerdau no terceiro trimestre também pode ser atribuído a um menor resultado financeiro negativo, de R$ 303 milhões nos três meses encerrados no fim de setembro ante R$ 562 milhões no terceiro trimestre do ano passado.
Retomada
Segundo a Gerdau, no terceiro trimestre houve uma “vigorosa” retomada na demanda da indústria da construção civil, além da recuperação da indústria no mercado brasileiro. Porém, a empresa afirma que essa retomada “foi impulsionada pela demanda reprimida do período mais agudo da pandemia da Covid-19, além do efeito de reposição dos estoques”.
A produção de aço bruto da Gerdau no Brasil subiu 44% na comparação com o terceiro trimestre do ano passado e 37% em relação ao segundo trimestre deste ano, atingindo 1,55 milhão de toneladas.
As vendas no mercado interno avançaram 26% na comparação anual, enquanto as exportações tiveram retração de 44%. A Gerdau afirmou no balanço que as vendas de aços longos ficaram estáveis sobre o terceiro trimestre do ano passado enquanto as vendas de planos subiram 30%.
O desempenho no Brasil fez o Ebitda da unidade disparar 139% na comparação anual enquanto a margem avançou de 12,5% para 25,1%.
Na América do Norte, o Ebitda subiu 18%, com margem apresentando leve retração para 10,3%. Na América do Sul, que exclui Brasil e inclui países como Argentina, Peru, Uruguai e Venezuela, o Ebitda saltou 127%, com a margem subindo a 30%.
A divisão de aços especiais, que tem entre os principais clientes a indústria automotiva, o Ebitda despencou 19%, enquanto a margem recuou de 12,7% para 9,9% entre o terceiro trimestre de 2019 e o trimestre passado. (Com Reuters)
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