Na contramão do mercado internacional, o Ibovespa fechou a sessão desta sexta-feira (16) em queda, perdendo 0,75% aos 98.309 pontos. Na semana, no entanto, o índice brasileiro acumula ganhos de 1%. Papéis da Petrobas e de bancos impulsionaram o movimento negativo no dia, que teve como pano de fundo, mais uma vez, o cenário fiscal.
“O receio sobre o fiscal segue travando o Ibovespa e seu ímpeto em romper a faixa de 100 mil pontos, ao mesmo tempo que continua depreciando nossa moeda que está mais na contramão de seus pares. Enquanto não houver uma medida efetiva do governo a favor do avanço da agenda de reformas, o que deve ser feito somente no final do ano, o mercado seguirá ressabiado em aumentar posição e no limite vai aproveitar a alta recente para realizar lucro”, afirma Rafael Ribeiro, analista de renda variável da Clear Corretora.
A preocupação com o fiscal empurrou o dólar comercial para mais um fechamento com ganhos. A moeda norte-americana subiu 0,32%, negociada a R$ 5,64 na venda. Na semana, a divisa subiu 2,08%, revertendo a queda no mês e acumulando alta de 0,41%. Em 2020, o dólar dispara 40,59%.
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Ontem, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) voltou a defender a regulamentação do teto dos gastos. “É impossível você abrir o próximo ano ou aprovar o Orçamento para o próximo ano antes de aprovar a PEC emergencial, é impossível”, disse em evento do banco BMG. “Do meu ponto de vista é impossível você ter um Orçamento aprovado para 2021 esse ano se a emenda constitucional não estiver aprovada, do meu ponto de vista é um risco muito grande para o governo”, avaliou.
Na próxima semana, a temporada de balanços segue no radar dos investidores com Indústrias Romi, Neoenergia, Weg e Hypera divulgando seus relatórios do terceiro trimestre. Veja um resumo dos resultados apresentados pelas companhias abertas no Brasil e no exterior nos últimos dias.
Em Wall Street, números positivos sobre o varejo norte-americano deram fôlego aos índices que encerraram o dia no azul. As vendas cresceram mais do que o esperado em setembro, para 1,9% no mês, ante 0,7% de expectativa dos economistas consultados pela Reuters. O sentimento foi impulsionado também por notícias de que a Pfizer deva em novembro pedir o registro para uma vacina contra o coronavírus. O Dow Jones fechou em alta de 0,39%, acompanhado pelo S&P 500 que valorizou 0,01% no dia. O Nasdaq Composite encerrou com queda de 0,36% na sessão.
Na Europa, os investidores voltaram às compras após a liquidação de ontem e as bolsas subiram mais de 1% na sessão. O CAC 40, de Paris, liderou os ganhos, com alta de 2,03% no dia, seguido por valorização de 1,70% no FTSE MIB e 1,62% de alta no DAX. Em Londres, o FTSE 100 subiu 1,49% e o Stoxx 600 avançou 1,26% na sessão.
Destaques do Ibovespa
Maiores Altas
BRKM5: +5,25% a R$ 22,27
SUZB3: +4,63% a R$ 50,60
USIM5: +3,96% a R$ 11,28
KLBN11: +3,95% a R$ 25,80
JBSS3: +3,62% a R$ 23,21
Maiores Baixas
COGN3: -3,97% a R$ 4,84
YDUQ3: -3,30% a R$ 25,81
SANB11: -2,12% a R$ 30,71
IRBR3: -3,00% a R$ 6,79
GNDI3: -2,79% a R$ 65,20
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