O Ibovespa sente a pressão vinda do exterior e opera em queda na manhã desta quinta-feira (15). Às 10h30, horário de Brasília, o índice recuava 1,29% aos 98.048 pontos. No mesmo horário, o dólar avançava 0,41% contra o real, negociado a R$ 5,62 na venda.
A aversão ao risco vem da Europa e reflete o crescimento nos casos de coronavírus e novas medidas de distanciamento social. O FTSE 100, de Londres, perde 2,30%, o DAX recua 2,97%, o CAC 40 tem queda de 2,56%, o Stoxx 600 desvaloriza 2,48% e o FTSE MIB cai 3,18%.
Ontem, a França declarou estado de emergência sanitária e um toque de recolher, enquanto outros países da região também anunciaram novas medidas de distanciamento social. A Itália registrou um novo recorde de casos positivos para a doença, com 7.332 novas infecções ontem, contra 6.557 confirmadas em 21 de março, quando o país vivia o auge das contaminações. No Reino Unido, o primeiro ministro Boris Johnson também é pressionado por um lockdown parcial.
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De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a Europa tem mais de 7,2 milhões de casos confirmados do vírus. Apenas na última semana, foram 700 mil novas infecções, um aumento de 36% em relação à semana anterior.
Os índices de Wall Street também são impactados pelas incertezas econômicas frente ao avanço das infecções ao redor do mundo, incluindo o próprio Estados Unidos. Na abertura, o Dow Jones perdia 1,15%, o S&P 500 recuava 1,31% e o Nasdaq Composite registrava queda de 1,57%.
O mercado acionário norte-americano também acompanha hoje mais um dia de balanços. Nesta manhã, o Morgan Stanley reportou alta de 26% no lucro líquido do terceiro trimestre, para US$ 2,60 bilhões, impulsionado pela volatilidade na negociação de ações e títulos. O lucro por ação subiu para US$ 1,66. Ainda nos EUA, os investidores precificam mais dados negativos sobre o mercado de trabalho, indicando queda na velocidade da recuperação econômica. Os novos pedidos de seguro-desemprego somaram 898 mil solicitações na última semana, enquanto o mercado aguardava por 830 mil solicitações do benefício no país.
Voltando ao Brasil, o Congresso segue em recesso informal e fora de época em função do período eleitoral. De acordo com análise da XP Investimentos, o governo aproveita o período para “balizar a proposta que deve ser apresentada pelo senador Márcio Bittar para a PEC do Pacto Federativo e o programa de transferência de renda. Diante das restrições, a equipe econômica fala em um programa menor do que o esperado inicialmente, com a inclusão de 3 milhões de famílias, além das 14 milhões atendidas hoje, o que exigiria um orçamento extra de perto de R$ 17,5 bilhões para elevar o benefício médio a R$ 240.”
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