A produção de minério de ferro da Vale atingiu 88,7 milhões de toneladas no terceiro trimestre de 2020, expressando um aumento de 2,3% na comparação com o mesmo período do ano passado, porém um salto de 31,2% ante o segundo trimestre, informou a empresa ontem (19).
O resultado foi obtido com um recorde trimestral de 56,9 milhões de toneladas no Sistema Norte, impulsionado pelo S11D (o maior complexo minerador da história da Vale), que produziu 24,4 milhões de toneladas no período, aumento de 19,8% na comparação anual.
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Por outro lado, desde o início de 2019, a companhia lida com os impactos do desastre de Brumadinho (MG), que resultou em uma série de restrições em suas operações. Neste ano, as atividades tiveram ainda o impacto adicional da pandemia de Covid-19.
A Vale não alterou a meta de produção para o ano, estimada anteriormente entre 310 milhões e 330 milhões de toneladas, com um número mais provavelmente “na extremidade inferior” da projeção.
Isso significa que a companhia tem que elevar a produção para 94,1 milhões de toneladas no quarto trimestre para atingir o volume de 310 milhões de toneladas. Já que, no acumulado de nove meses de 2020, a Vale produziu 215,9 milhões de toneladas, queda de 3,5% ante o mesmo período do ano passado.
A mineradora espera para o quarto trimestre a licença e o alvará necessários para a retomada das operações de Serra Leste (no sistema Norte), o que poderá adicionar até 6 milhões de toneladas/ano à capacidade de produção.
A companhia informou também que o desempenho geral dos Sistemas Sul e Sudeste melhorou em todas as unidades operacionais, notadamente no Complexo de Itabira e no site de Timbopeba (operando por um trimestre inteiro, devido à retomada em junho), e com a retomada das operações na mina de Fazendão em julho.
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A produção de pelotas da Vale totalizou 8,6 milhões de toneladas no terceiro trimestre, um aumento de 21,1% ante o segundo trimestre, principalmente devido à maior disponibilidade de “pellet feed”, em especial do Complexo de Itabira, e ao melhor desempenho operacional das usinas de pelotização.
No entanto, a fabricação de pelotas teve um resultado 23,1% menor ante o mesmo período do ano passado.
Já as vendas de minério de ferro pela Vale atingiram 65,77 milhões de toneladas, queda de 11,2% na comparação com o terceiro trimestre de 2019 e aumento de 20,4% ante o segundo trimestre. Incluindo pelotas, as vendas somaram 74,2 milhões de toneladas.
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Níquel
A produção de níquel da Vale no trimestre atingiu 47,1 mil toneladas, queda de 8,4% ante o mesmo período do ano passado, enquanto as vendas somaram 58,2 mil toneladas, aumento de 14,3% na mesma comparação.
A companhia disse que as operações no Atlântico Norte foram impactadas por trabalhos de manutenção remarcados para o terceiro trimestre, em decorrência da pandemia de Covid-19.
Segundo a Vale, a produção de níquel acabado da Vale Nova Caledônia (VNC) atingiu 8,5 mil toneladas no trimestre, ficando 18% abaixo do segundo trimestre, “uma vez que todo o estoque de óxido de níquel restante foi processado no segundo trimestre como parte do plano de fechamento da refinaria de VNC”.
A companhia ainda acrescentou que, “caso nenhuma solução sustentável seja encontrada nos próximos meses para o desinvestimento em VNC”, dará início às etapas necessárias para colocá-la em “care and maintenance” em 2021.
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Sobre o carvão, a empresa afirmou que a depressão na demanda continua a influenciar os níveis de produção da Vale, “uma vez que os estoques na mina e no porto permanecem altos, próximos dos limites de armazenamento das instalações”.
No terceiro trimestre, a produção de carvão aumentou 9,3% em relação ao segundo trimestre, para 1,4 milhão de toneladas, uma vez que não foram necessárias paradas operacionais adicionais, mas caiu quase 40% na comparação anual. Já as vendas recuaram 36,6% ante o mesmo período de 2019.
A Vale disse que decidiu retomar seu plano de manutenção para carvão em novembro de 2020, “e as equipes já estão em mobilização para isso”. (Com Reuters)
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