De carona na explosão do comércio eletrônico deflagrada pela pandemia da Covid-19, a varejista Magazine Luiza viu seu lucro ter forte alta no terceiro trimestre, apoiada também na reabertura de lojas físicas e na diluição de custos.
A companhia anunciou hoje (9) que seu lucro líquido ajustado de julho a setembro atingiu R$ 215,9 milhões, um salto de 69,6% sobre um ano antes.
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O salto de 148% ano a ano das vendas digitais da companhia, a R$ 8,2 bilhões, fez o canal responder por dois terços das vendas, um avanço de 18%.
A companhia avalia ter tido ainda um ganho de 5,4% ano a ano em sua área de atuação, refletindo entre outros fatores a integração de vendas online e lojas físicas, o que ganhou tração com a reabertura de pontos físicos, diante da flexibilização do quarentena adotada para conter a pandemia.
Segundo o presidente-executivo da companhia, Frederico Trajano, o Magazine Luiza se beneficiou também da integração de startups adquiridas nos últimos meses, o que ajudou a ampliar a base de vendedores terceiros no marketplace da varejista, ditando também ganhos de margem dado que as despesas cresceram em menor velocidade do que as receitas.
No trimestre, a receita líquida do grupo somou R$ 8,3 bilhões, alta de 70,8% ano a ano. Enquanto isso, a despesa operacional subiu 52,7%, a R$ 1,68 bilhão, passando a representar 20,3% da receita, ante 22,7% um ano antes.
“Com a integração das startups que compramos, temos possibilidade de diluir custos ainda mais”, disse Trajano.
Nos últimos meses, o Magazine Luiza comprou seis startups que prestam serviços de logística a educação para negócios, num esforço para expandir e melhorar a base de vendedores no marketplace, que era de 40 mil no fim de setembro.
O resultado operacional medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado avançou 41%, a R$ 561,2 milhões.
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Um ponto que destoou do conjunto positivo do balanço foi a queda da margem Ebitda, de 8,2% para 6,8%, refletindo maiores gastos com melhoria do nível do serviço.
Segundo Trajano, com o crescimento do comércio eletrônico muito acima do previsto, alguns níveis de qualidade do serviço diminuíram, e a empresa percebeu que isso poderia se agravar com a volta das atividades das lojas físicas.
“Por isso, ampliamos rotas de viagens de veículos e contratamos mais gente”, disse o executivo, referindo-se a um aumento de 3 mil funcionários no período.
No trimestre, o Magazine Luiza retomou o funcionamento integral de todas as suas cerca de 1,1 mil lojas e abriu mais 81 unidades, entre lojas convencionais, quiosques e lojas virtuais.
Segundo Trajano, as datas de vendas no final do ano, incluindo Black Friday e Natal, devem ajudar a manter o ritmo de vendas do terceiro trimestre, com apoio ainda de fatores como o auxílio emergencial do governo.
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“Para 2021, gostaríamos que o auxílio fosse mantido, mas acho que de todo modo teremos crescimento das nossas lojas físicas, porque a base de comparação com este ano será boa.” (Com Reuters)
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