A Eletrobras, maior elétrica da América Latina, registrou lucro líquido de R$ 96 milhões no trimestre encerrado em setembro, queda de 87% na comparação anual, após redução na receita de geração, influenciada pelo desempenho de suas usinas nucleares, e provisões.
A empresa, que controla praticamente um terço da geração e metade da rede de transmissão de energia do Brasil, teve lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 1,96 bilhão no período, recuo de 29% na comparação anual. O Ebitda ajustado, que desconsidera efeitos não-recorrentes, foi de R$ 3,2 bilhões, queda de 18%.
A receita operacional líquida da estatal somou R$ 7,43 bilhões no trimestre, com avanço de 2% na comparação anual, enquanto os investimentos somaram 681 milhões de reais, com alta de 19% frente ao mesmo período de 2019.
A companhia somou R$ 5,27 bilhões como receita de geração, ante R$ 6,13 bilhões há um ano atrás, enquanto as receitas de transmissão avançaram para R$ 3,57 bilhões, de R$ 2,57 bilhões anteriormente.
O recuo no desempenho em geração deve-se a provisão de desvio negativo na geração de energia das usinas nucleares de Angra 1 e Angra 2, de 216 milhões de reais, após as usinas gerarem abaixo do que deveriam devido a uma extensão de parada além do previsto.
O resultado também foi afetado por provisões, com impacto negativo de R$ 2 bilhões , ante R$ 1 bilhão no ano anterior, com aumento em provisões para contingências, contratos onerosos e para ações referentes ao chamado empréstimo compulsório.
Nos nove meses de 2020, o lucro líquido da Eletrobras somou R$ 5 bilhões, contra R$ 7,62 bilhões no mesmo período de 2019, impactada por variação cambial em 2020 em mais de R$ 1 bilhão.
No trimestre, houve resultado negativo de R$ 221 milhões devido à flutuação do dólar e exposição cambial da companhia. (Com Reuters)
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