O Ibovespa opera sem direção clara no início da sessão e próximo da estabilidade, em movimento de acomodação dos ativos na ausência de novidades relevantes. Às 10h24, horário de Brasília, o índice brasileiro recuava 0,06% aos 113.520 pontos. A crise sanitária nos EUA, a indefinição sobre o Brexit e o aumento nas tensões entre a China e os EUA seguem no radar de investidores, enquanto o risco fiscal permanece sob os holofotes no Brasil.
No cenário doméstico, o IBGE divulgou hoje a inflação de novembro, em alta de 0,89%, o maior desempenho para o mês desde 2015. Com o resultado, a inflação em 2020 registra alta de 3,13% e, em 12 meses, acumula valorização de 4,31%, acima do centro da meta do governo para o ano, de 4%.
A variação positiva da inflação joga mais pressão na taxa básica de juros (Selic), atualmente em 2% ao ano. Amanhã, o Comitê de Política Monetária (Copom) realiza sua última reunião do ano e a expectativa é de que a taxa seja mantida no patamar atual. Os especialistas consultados pelo Banco Central acreditam que a Selic deve ficar em 3% ao ano em 2021, de acordo com o Boletim Focus divulgado ontem (7).
O dólar estende o movimento negativo das últimas semanas e opera em queda contra o real, perdendo 0,36% e negociado a R$ 5,09 no mesmo horário. Ontem, a divisa encerrou o dia próxima da estabilidade, com recuo de 0,10% e negociada a R$ 5,11 na venda, salva por uma onda de compras no fim da sessão que tirou a moeda da rota de mínimas em quase seis meses. Bruno Guimarães, head de renda variável da EWZ Capital, explica que “a injeção de dinheiro externo já aconteceu, os investidores estrangeiros já entraram no mercado e esse movimento não deve se repetir no curto prazo, então o dólar não deve cair com muita força. Ele vai se estreitar, para um patamar menor do que estava antes, entre R$ 4,90 e R$ 5,20 no curtíssimo prazo. Mas o Brasil deve subir a taxa de juros, e com isso, o dólar deve ir para patamares de R$ 5,30. Ele vai continuar neste nível. A expectativa para 2021 é bolsa e dólar em alta.”
Neste pregão, o Banco Central fará leilão de swap tradicional para rolagem de até 16 mil contratos com vencimento em abril e agosto de 2021.
Os índices acionários em Nova York operam em queda nos primeiros negócios do dia, com a continuidade do movimento de realização de lucros e acompanhando o ambiente de incertezas internacionais. Apesar do sentimento negativo, as ações de tecnologia ainda trabalham com ganhos, impulsionadas pelo agravamento da pandemia. Apenas ontem, os EUA registraram mais de 202 mil novas infecções. Às 11h43, horário de Brasília, o Dow Jones tinha queda de 0,07%, o S&P 500 recuava 0,19% e o Nasdaq perdia 0,26%.
Na Ásia, as ações chinesas fecharam em baixa pela segunda sessão consecutiva, com as tensões sino-americanas pesando no mercado. Os Estados Unidos impuseram ontem sanções financeiras e proibição de viagens a 14 autoridades chinesas em função do envolvimento na polêmica Lei de Segurança Nacional de Hong Kong. O Shanghai Composite registrou recuo de 0,19% na sessão. (Com Reuters)
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