Os indicadores de atividade econômica do IBGE para outubro indicam um crescimento elevado para o quarto trimestre do ano, avaliou a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia hoje (11), reiterando expectativa de que o país terá um primeiro semestre de 2021 favorável, podendo prescindir do auxílio emergencial do governo.
Em nota, a SPE destacou que o desempenho positivo da indústria, comércio e serviços em outubro se deu a despeito da redução do valor do auxílio emergencial no período, o que indicaria que a economia está voltando à normalidade.
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“Os indicadores coincidentes sugerem manutenção da trajetória de crescimento para o mês de novembro, reforçando as projeções apresentadas anteriormente pela SPE”, disse a secretaria, citando dados da produção de veículos, vendas no comércio em São Paulo e fluxo de rodovias pedagiadas.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta manhã que o setor de serviços, o mais afetado pelas medidas de distanciamento social adotadas no enfrentamento à pandemia da Covid-19, teve alta de 1,7% em outubro sobre setembro – taxa mais elevada para o mês desde pelo menos 2011, início da série do IBGE, e acima do esperado por analistas.
A indústria cresceu 1,1% em outubro sobre o mês anterior e já está acima do patamar de fevereiro, antes do agravamento da pandemia, enquanto o comércio teve alta de 0,9%, contrariando expectativas de recuo.
Para a SPE, o carregamento estatístico aponta um crescimento médio de 3,5% para esses três indicadores do IBGE no quarto trimestre.
“Estes fortes resultados da atividade econômica para outubro, mesmo com a redução do valor do auxílio emergencial, indicam que a economia está voltando à normalidade, sinalizando que o crescimento continuará avançando no primeiro semestre de 2021 sem a necessidade de auxílios governamentais”, disse a SPE.
O auxílio emergencial foi aprovado pelo Congresso em meio à pandemia com valor inicial de R$ 600 e posteriormente foi prorrogado pelo governo até dezembro, com o valor de R$ 300.
O governo tem reforçado que a ajuda não poderá ser prorrogada indefinidamente, mas o ministro Paulo Guedes (Economia) já disse que, no caso de uma segunda onda da pandemia, terá que responder com mais auxílio, ainda que este não seja o “plano A” da equipe econômica. (Com Reuters)
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