O Ibovespa fechou o dia em alta de 0,24% aos 119.409 mil pontos numa sessão marcada por volatilidade e menor liquidez em função das festas de fim de ano, mas com negócios que garantiram ao índice brasileiro a renovação da máxima histórica intradia de 119.860,91 pontos. A Bolsa brasileira acompanhou as perspectivas otimistas para a recuperação da economia global dado o início das vacinações, com CSN e Usiminas entre os maiores ganhos no penúltimo pregão de 2020.
Com o fechamento de hoje, o Ibovespa sobe 3,25% em 2020 e mais de 90% desde as mínimas de março. No pior momento do ano, o benchmark se aproximou dos 60 mil pontos, um tombo de quase 50% frente às máximas históricas registradas em janeiro quando encostou nos 120 mil pontos, nível nunca antes superado.
Para 2021, o mercado não descarta ajustes, mas a perspectiva permanece positiva em meio a estímulos ainda expressivos no exterior e ampliação da vacinação contra a covid-19, enquanto o prognóstico para o Brasil inclui um crescimento maior e Selic ainda baixa, mesmo que em patamar mais elevado que o atual.
Na visão do analista da Clear Corretora, Rafael Ribeiro, o destaque na sessão “ficou pelo lado dos juros futuros, que recuaram forte e também ajudaram no desempenho positivo do mercado graças ao IGP-M abaixo do esperado na variação mensal e ao déficit primário de R$ 18,24 bilhões em novembro, enquanto o mercado esperava algo próximo de R$ 22 bilhões. A boa notícia veio das receitas, que inesperadamente subiram 5,4%.” O Tesouro Nacional informou hoje que o déficit primário brasileiro em 2020 será menor que o apontado em estimativas anteriores, afetado pelo alto volume de recursos empoçados (autorizados, mas não gastos), de quase R$ 35 bilhões.
Em Wall Street, a forte tendência positiva observada no início da sessão deu lugar à correção dos ganhos após o senador republicano, Mitch McConnell, adiar a votação do aumento no estímulo financeiro aos norte-americanos. A nova versão do texto atende a um pedido do presidente Donald Trump e prevê pagamentos de US$ 2 mil, ante os US$ 600 aprovados na última semana. O Dow Jones e o S&P 500 fecharam, cada um, em queda de 0,22%, enquanto o Nasdaq Composite terminou o dia perdendo 0,38%.
O dólar devolveu os ganhos de ontem e fechou em baixa de 1,00% e negociado a R$ 5,18 nesta terça-feira, refletindo a maior demanda por risco com avanços nas vacinas. A massiva liquidez injetada por governos e bancos centrais globais e a expectativa de mais estímulos no governo de Joe Biden a partir de 2021 ajudaram a deflagrar um rali de ativos de risco desde o começo de novembro. Desde então, o real avança 11,2%. Ainda assim, a moeda brasileira ainda amarga o segundo pior desempenho global em 2020, com queda nominal ante o dólar de 22,57%, à frente apenas do peso argentino, que recua 28%. A real foi pressionado em 2020 pela queda dos juros e, sobretudo, pelas incertezas de ordem fiscal em um ano de fortes gastos no combate à pandemia. (Com Reuters)
DESTAQUES DO IBOVESPA
Maiores Altas
CSNA3: +4,86% a R$ 32,55
USIM5: +4,29% a R$ 15,08
GNDI3: +2,53% a R$ 79,97
HAPV3: +2,37% a R$ 15,22
CCRO3: +2,30% a R$ 13,77
Maiores Baixas
MULT3: -2,14% a R$ 23,36
SBSP3: -2,12% a R$ 44,74
IGTA3: -1,92% a R$ 36,86
BRML3: -1,85% a R$ 10,06
BTOW3: -1,74% a R$ 75,70
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