A confiança de serviços no Brasil registrou queda em janeiro, disse a Fundação Getulio Vargas (FGV) hoje (29), com a cautela dos investidores diante da disseminação do coronavírus e do fim dos programas emergenciais do governo, que afetaram tanto o momento presente quanto as perspectivas para o setor.
O Índice de Confiança de Serviços (ICS), recuou 0,7 ponto em janeiro, a 85,5 pontos. Entre seus componentes, o Índice de Situação Atual (ISA-S) perdeu 0,7 ponto, a 80,0 pontos, e encerrou a tendência de alta iniciada em maio de 2020, enquanto o Índice de Expectativas (IE-S) cedeu 0,7 ponto, a 91,3 pontos, mínima desde julho.
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“Em janeiro, a piora foi influenciada tanto pela percepção de queda no volume de serviços, quanto das expectativas para os próximos meses”, explicou em nota Rodolpho Tobler, economista da FGV Ibre.
“Diante da nova piora nos números de contaminados e com o fim dos programas emergenciais do governo, consumidores ficam cada vez mais cautelosos e reduziram o consumo de serviços, os quais tendem a ter maior circulação de pessoas. Esse cenário contribui para a persistência de obstáculos na recuperação da confiança do setor.”
O presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem (28) que a continuidade do auxílio emergencial quebraria o Brasil e teria uma série de outras consequências desastrosas, no momento em que os principais candidatos às presidências da Câmara e do Senado defendem a discussão de alguma ajuda para quem ficou sem renda durante a pandemia. O Brasil já superou a marca de 9 milhões de casos de coronavírus, enquanto as mortes atingiram a marca de 221.574 na última quinta-feira. (com Reuters)
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