A semana foi de muitos frutos colhidos para a família Godoy Bueno, controladora do grupo de diagnósticos clínicos Dasa. Entre 8 e 15 de janeiro, as ações da companhia dispararam 62,5%, de R$ 80 para R$ 130. O salto nos papéis rendeu à Dulce Pugliese de Godoy Bueno, Pedro de Godoy Bueno e Camilla de Godoy Bueno Grossi um acréscimo de US$ 6,5 bilhões à fortuna total da família avaliada em US$ 10,7 bilhões, segundo o ranking de fortunas em tempo real da Forbes.
Os papéis da Dasa têm desempenhado bem desde 4 de dezembro, um dia após a companhia anunciar a aquisição do grupo hospitalar Leforte em uma transação avaliada em R$ 1,77 bilhão. Na época, as ações da empresa chegaram a disparar 45% em um único dia de R$ 58,51 para R$ 70,05.
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Esta não foi a única ida às compras da Dasa no mês de dezembro. Com a estratégia de expandir suas operações, no último dia 21, a companhia de medicina diagnóstica anunciou duas novas compras: o grupo Exame de análises clínicas, na região do Rio Grande do Sul, e o Instituto de Hematologia de São José do Rio Preto (Hemat), no interior de São Paulo. Na mesma data, por meio de fato relevante, a empresa também anunciou que estava em avaliação uma nova oferta restrita de ações para arrecadar R$ 4 bilhões e arcar com os custos das aquisições recentes.
A Dasa, de modo geral, tem se destacado no mercado da saúde pela estratégia de expansão dos negócios, com mais de 900 laboratórios diagnósticos espalhados pelo Brasil, e atuação médica ativa na crise sanitária causada pelo novo coronavírus. Além de ter anunciado uma parceria com a empresa norte-americana Covaxx, uma subdivisão da United Biomedical, para realizar as fases dois e três de testes da vacina contra a Covid-19 no Brasil, o grupo brasileiro doou R$ 15 bilhões para financiar o desenvolvimento do imunizante.
Outra participação importante da companhia frente ao coronavírus foi o anúncio da detecção da nova variante do vírus em circulação no Brasil no último dia 31. Segundo o laboratório, a cepa B.1.1.7 do SARS-CoV-2, identificada inicialmente no Reino Unido, se caracteriza por apresentar grande número de mutações.
O grupo Dasa é presidido por Pedro de Godoy Bueno desde 2014, quando o jovem tinha apenas 24 anos e seu pai, Edson de Godoy Bueno, adquiriu a companhia junto à sua ex-madrasta, Dulce Pugliese. Com o falecimento de Edson em 2017, Pedro e sua irmã, Camilla, herdaram a participação acionária de 48% na Dasa do pai. O atual CEO do negócio da família é o jovem mais rico do Brasil e está entre os dez maiores bilionários mais jovens do mundo.
Dulce Pugliese, ex-esposa de Edson com quem cofundou a Amil em 1972, possui 48% de participação nos negócios da Dasa. Com a movimentação da semana, a fortuna de Dulce disparou US$ 3,3 bilhões, para US$ 5,3 bilhões. O resultado a coloca na oitava posição do ranking dos bilionários brasileiros, colada à Luiza Helena Trajano, que está na sétima colocação e é a mulher mais rica do Brasil com fortuna de US$ 5,4 bilhões.
Camilla e Pedro estão na 17ª e 19ª posição no ranking dos bilionários brasileiros da Forbes, ambos com patrimônio líquido de US$ 2,7 bilhões.
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