O Ibovespa encerrou o pregão de hoje (14) em forte alta, avançando 1,27% aos 123.480 pontos com a expectativa do anúncio de um novo robusto pacote para a recuperação da economia dos Estados Unidos. O montante, que será divulgado ainda hoje pelo presidente eleito, Joe Biden, deve ser próximo dos US$ 2 trilhões.
Para profissionais do mercado, tanto a expectativa do anúncio do pacote, quanto as notícias de campanhas de vacinação pelo mundo contra Covid-19 reforçaram as apostas na recuperação da economia global, inflando os ativos financeiros. “A leitura é de que, com essa combinação, o crescimento econômico global já está contratado”, disse o sócio e economista da VLG Investimentos, Leonardo Milane.
O fluxo estrangeiro também segue sustentando o rally da Bolsa. Nos sete primeiros pregões deste ano, o ingresso líquido de recursos no mercado à vista da Bovespa já supera os R$ 15 bilhões.
A expectativa de uma forte injeção de dólares na economia norte-americana, no entanto, não foi suficiente para sustentar um fechamento positivo em Wall Street. Em uma sessão de forte volatilidade, o Dow Jones terminou em queda de 0,22% aos 30.991 pontos, o S&P 500 registrou recuo de 0,38% aos 3.795 pontos e o Nasdaq perdeu 0,12% aos 13.112 pontos.
Ainda no exterior, o mercado digeriu a disparada nos novos pedidos de seguro desemprego nos EUA na primeira semana de 2021, que saltaram para 965 mil solicitações, contra 784 mil pedidos da semana anterior. Os dados confirmam o enfraquecimento das condições do mercado de trabalho conforme a piora da pandemia de Covid-19 afeta as operações das empresas no país.
O dólar voltou a fechar em firme queda ante o real, perdendo 1,95% e indo a R$ 5,20 na venda, o menor patamar desde o início do ano e abaixo de um importante suporte técnico, o que pode levar mais recuos na moeda. O desempenho reflete o dia positivo na Bolsa e a expectativa de mudanças na orientação da política monetária brasileira na próxima reunião do Copom, agendada para os dias 19 e 20 deste mês.
Analistas destacam que o juro baixo, em 2% ao ano, seria um dos principais responsáveis pela piora relativa do real ante os pares e pela intensa volatilidade da divisa doméstica. A Quantitas projeta que o dólar poderá cair para “R$ 4,80 ou R$ 4,90” em até três meses, influenciado também pela força das commodities e da economia da China, principal parceiro comercial do Brasil e voraz consumidor de matérias-primas. (Com Reuters)
DESTAQUES DO IBOVESPA
Maiores Altas
EMBR3: +8,48% a R$ 9,98
AZUL4: +7,26% a R$ 38,57
ECOR3: +5,61% a R$ 13,55
CVCB3: +5,49% a R$ 20,37
LREN3: +4,78% a R$ 43,38
Maiores Baixas
PRIO3: -1,86% a R$ 78,00
NTCO3: -1,66% a R$ 50,35
TOTS3: -1,47% a R$ 28,18
JBSS3: -1,21% a R$ 24,56
MGLU3: -1,21% a R$ 23,73
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