O Ibovespa renova o movimento positivo do dia anterior e trabalha com ganhos nos primeiros negócios desta terça-feira (19), avançando 0,57% aos 121.932 pontos às 10h18, horário de Brasília. O mercado segue hoje acompanhando a distribuição de vacinas e o início da imunização da população nos estados brasileiros. Ontem, problemas logísticos atrasaram o plano de iniciar a vacinação contra Covid-19.
O tom positivo no exterior também colabora para o otimismo doméstico. Em Nova York, os índices futuros operam em alta, com investidores aguardando a fala da próxima secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, no Comitê de Finanças do Senado. A expectativa é que Janet reforce com os parlamentares a necessidade de aprovação do pacote de US$ 1,9 trilhão para recuperação da economia norte-americana.
A equipe do Safra também aponta como fator positivo para os mercados no exterior a expectativa pela posse de Joe Biden como novo presidente dos EUA amanhã, além de novos pacotes de estímulos para o país.
No mercado de câmbio, o dólar operava em queda contra o real nesta manhã, recuando 0,83% negociado a R$ 5,26 na venda. Além da expectativa para as declarações de Janet Yellen, o dólar é influenciado também pela política monetária brasileira, com o início hoje da primeira reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom). O salto de 2,37% do IGP-M na segunda prévia de janeiro reforçou o cenário de que o Banco Central abandonará o compromisso de deixar os juros estáveis sob determinados critérios.
O entendimento é que esse seria o primeiro passo para se vislumbrar alta da Selic, o que poderia dar algum suporte ao câmbio. Segundo analistas, um dos motivos para a pressão sobre o real é o juro em patamar muito baixo, que deixa a moeda mais vulnerável a operações de hedge ou de financiamento para apostas em outras divisas.
A Selic está em 2% ao ano, mínima histórica, e o Copom anuncia sua decisão amanhã (20) após o fechamento dos mercados. (Com Reuters)
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