O Ibovespa fechou a sessão desta quarta-feira (6) em queda de 0,23% aos 119.100 pontos, depois de registrar altas expressivas e bater novas máximas intradia durante o pregão. No melhor momento, o índice brasileiro chegou aos 120.924,32 pontos. O recuo acompanhou a perda de fôlego também no exterior, com investidores diminuindo o ritmo das negociações após o início de protestos violentos nos EUA. Manifestantes pró-Trump invadiram o Congresso norte-americano durante a certificação do resultado da eleição de novembro, que elegeu o democrata Joe Biden.
“Não foi uma queda acentuada do mercado. Compradores também chegaram. É um pouco chocante visualmente ver isso se desenrolar na televisão”, disse Tim Ghriskey, estrategista-chefe de investimentos da Inverness Counsel, em Nova York.
Antes dos protestos em Washington DC, a apuração do resultado do segundo turno para o Senado na Geórgia estava no foco dos investidores globais que, precificando uma “onda azul” no Congresso dos EUA, avançaram no movimento de rotação setorial, migrando de ações de crescimento, como os ativos de tecnologia, para papéis de valor. As ações de bancos, sensíveis à taxa de juros, subiram em Nova York, acompanhando um salto nos rendimentos dos Treasuries de dez anos acima de 1%. O Dow Jones fechou em alta de 1,44%, para 30.829,4 pontos. O S&P 500 ganhou 0,57%, para 3.748,14 pontos. Já o Nasdaq Composite caiu 0,61%, para 12.740,79 pontos.
Alguns minutos depois do fim do pregão, o estado da Geórgia confirmou a vitória dos democratas nas duas cadeiras em disputa no Senado dos EUA, dando ao partido o controle do Congresso e aumentando as perspectivas para a ambiciosa agenda legislativa do presidente eleito, Joe Biden. O democrata Jon Ossoff obteve 50,3% dos votos e o republicano David Perdue teve 49,7%, com 98% dos votos projetados, de acordo com a Edison Research, empurrando a liderança de Ossoff para além da margem necessária e evitando uma possível recontagem das cédulas.
O dólar teve mais um dia de intenso vaivém nesta quarta-feira, fechando em alta de 0, 84% contra o real e negociado a R$ 5,30 depois de oscilar entre ganhos e perdas, com a pressão levando o Banco Central a fazer oferta extraordinária de liquidez para amenizar a volatilidade.
Durante boa parte do pregão, o real foi a divisa com o pior desempenho no dia, a exemplo da véspera. Pouco depois das 11h30 a moeda bateu a máxima intradiária, acima de R$ 5,36, mantendo-se perto desse patamar até 14h26, quando o Banco Central anunciou oferta líquida de até US$ 500 milhões em contratos de swap cambial tradicional.
“Com meros US$ 500 milhões o Bacen derrubou mais de 1% o câmbio hoje. É inacreditável como o mercado está especulativo. Não ter a defesa do carrego faz mal ao real”, disse Ettore Marchetti, diretor de investimentos e gestor na EQI Investimentos, agente autônomo do BTG Pactual. (Com Reuters)
DESTAQUES DO IBOVESPA
Maiores Altas
GGBR4: +4,95% a R$ 27,99
USIM5: +4,11% a R$ 15,72
GOAU4: +4,06% a R$ 12,55
CSNA3: +4,05% a R$ 36,20
BRAP4: +4,04% a R$ 70,54
Maiores Baixas
BTOW3: -6,93% a R$ 68,41
LAME4: -5,74% a R$ 23,50
ENEV3: -5,57% a R$ 59,40
RENT3: -5,45% a R$ 63,71
NTCO3: -5,40% a R$ 48,90
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