A caderneta de poupança registrou entrada líquida de R$ 166,310 bilhões em 2020, melhor resultado desde o início da série histórica e em um ano marcado pela pandemia de coronavírus, divulgou o Banco Central hoje (7).
Em dezembro, mês tradicionalmente positivo, houve captação líquida de R$ 20,602 bilhões, também o melhor dado para o mês desde o início da série histórica.
No consolidado do ano, os depósitos superaram os saques em R$ 125,353 bilhões no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), enquanto na poupança rural houve ingresso líquido de R$ 40,957 bilhões.
Em 2020, o resultado da poupança só foi negativo em janeiro (R$ -12,356 bilhões) e fevereiro (R$ -3,572 bilhões), meses que antecederam o período de fechamento de setores da economia em decorrência da pandemia do coronavírus.
Os saldos positivos que vieram na sequência ocorreram em um ano marcado, de um lado, pela forte transferência de renda promovida pelo governo com o auxílio emergencial, que deixou de ser pago no último dia 31, apesar de uma eventual prorrogação ainda ser discutida por parlamentares.
Em outra frente, há a manutenção do quadro de juros básicos em patamares baixos, o que deixa a poupança mais competitiva em relação a outros investimentos, já que é isenta de Imposto de Renda.
A poupança rende 70% da taxa Selic quando o juro básico estiver em até 8,5% ao ano. Caso a Selic fique acima desse patamar, a poupança passa a render 0,5% ao mês mais Taxa Referencial – que está em zero.
Como outras alternativas de investimento na renda fixa podem sofrer mais tributação, acabam entregando rendimento similar ou mesmo inferior ao da poupança.
A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), responsável por definir a taxa de juros, ocorre nos dias 19 e 20 deste mês. (Com Reuters)
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