O Banco do Brasil, maior financiador do agronegócio brasileiro, aumentará os recursos do pré-custeio na safra 2021/22 para um recorde de R$ 16 bilhões e projeta elevar sua carteira para o setor em cerca de 10%, para R$ 210 bilhões.
“Somos grandes nesse negócio e queremos crescer ainda mais”, disse o presidente do Banco do Brasil, André Brandão, em apresentação no YouTube.
Segundo ele, o BB está comprometido em crescer em “níveis substanciais” sua participação no setor, com a carteira passando de 191 bilhões para montante próximo de R$ 210 bilhões.
No ano passado, o BB anunciou R$ 15 bilhões para o pré-custeio da safra 2020/21.
Os recursos do pré-custeio, que permitem um melhor planejamento da safra, travando custos antecipadamente em condições geralmente mais favoráveis, serão liberados para produtores de soja, milho, algodão, arroz, cana e café.
A taxa para produtores médios é de 5% ao ano, enquanto grandes terão juros de 6% ao ano.
Brandão disse ainda que banco está implementando medidas de simplificação, como o fim da tarifa de análise de crédito para todas as renovações de operações.
Além disso, ele disse que o BB deve elevar financiamentos para melhorar a conectividade no campo, liberando recursos específicos para este investimento.
Outro front que vem sendo atendido é o estímulo à geração solar de energia, com uma parceria com empresa especializada em placas fotovoltaicas.
“Essa agenda é muito especial”, disse, citando ainda que o banco está empenhado em ajudar na recuperação de pastagens e em programas que incentivem a agricultura sustentável.
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que participou do anúncio online, destacou que o pré-custeio é importante para dar ao produtor previsibilidade, já que permite a compra de insumos antecipadamente.
Ela disse ainda que, “se Deus quiser teremos um Plano Safra este ano melhor que o do ano passado”, e ressaltou que tem tido a colaboração do Ministério da Economia e do Tesouro para elevar a subvenção ao seguro rural.
Na safra anterior, o governo brasileiro anunciou um recorde de R$ 236,3 bilhões em recursos para financiamentos pelo Plano Safra 2020/21, alta de 6,1% em relação ao montante da temporada passada. (Com Reuters)
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