O presidente Jair Bolsonaro disse hoje (19) que o governo decidiu indicar Joaquim Silva e Luna para assumir os cargos de conselheiro e presidente da Petrobras após o encerramento do ciclo do atual CEO da companhia, Roberto Castello Branco.
Em publicação no Facebook, Bolsonaro compartilhou nota assinada pelo Ministério de Minas e Energia sobre a mudança.
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Silva e Luna, atual presidente de Itaipu, assumiria “após o encerramento do ciclo, superior a dois anos, do atual presidente” da petroleira estatal, de acordo com o comunicado.
Não foi possível falar imediatamente com a Petrobras.
Castello Branco assumiu o comando da petroleira em janeiro de 2019, logo após a posse de Bolsonaro. Ele vinha defendendo a independência da companhia para reajustar preços dos combustíveis, mas acabou desagradando o presidente após um comentário sobre caminhoneiros, que têm ameaçado greves devido aos valores do diesel.
O CEO da Petrobras disse no final de janeiro que a questão dos caminhoneiros não era um problema da companhia. O mandato do Castello Branco se encerra em 20 de março.
Na noite de ontem (18), após um reajuste da companhia nos valores dos combustíveis, Bolsonaro reclamou e disse que o comentário teria “consequências”, prometendo mudanças na estatal, sem detalhar.
As ações da Petrobras tiveram forte queda hoje em meio às discordâncias entre Bolsonaro e Castello Branco, que não chegou a se manifestar em público sobre o assunto. Não foi possível contato com o executivo.
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O novo indicado para chefiar a petroleira, por sua vez, tem recebido elogios frequentes de Bolsonaro em suas tradicionais transmissões semanais e manifestações públicas por seu trabalho em Itaipu.
Ainda no ano passado, por exemplo, o presidente disse que a gestão de Silva e Luna tem se comprometido com o uso de recursos públicos e permitido a realocação de recursos para obras estruturantes no Paraná.
Silva e Luna é general de Exército da reserva e foi ministro da Defesa do governo Michel Temer. Ele foi o primeiro militar a ocupar o Ministério da Defesa desde a sua criação em 1999 e, agora, também coroa a volta de um ex-ocupante das Forças Armadas na Petrobras. (Com Reuters)
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