Fundado em 2014 pela ex-professora Lucilaine Lima, o Instituto Gourmet nasceu como um pequeno empreendimento que exalava potencial. Com foco em cursos profissionalizantes na área de gastronomia, fez com que Robson Fejoli, marido de Lucilaine –que já havia trabalhado por muitos anos no mercado de franchising– decidisse se dedicar intensamente ao projeto com o objetivo de transformá-lo em uma franquia de sucesso.
Com a ajuda do empreendedor Glaucio Athayde, atual sócio da companhia, a rede especializada deu seus primeiros passos entre os estados do Espírito Santo e do Rio de Janeiro, mais especificamente em três pequenas unidades próprias que antecederam a decolagem para o mundo das franquias, em 2017. Alcançando números positivos já no primeiro ano de franqueamento, com a comercialização de 35 unidades, a rede demonstrou desde o princípio que a dedicação pelo crescimento da marca era uma das bases do empreendimento.
LEIA MAIS: Instituto Gourmet passa a fazer parte do portfólio do SMZTO
Em 2020, esse esforço ficou mais claro do que nunca quando a empresa, em plena pandemia, divulgou um crescimento de 40% em relação a 2019 e um faturamento de R$ 62 milhões. Além disso, seguindo essa linha otimista, o Instituto Gourmet projeta um faturamento de mais de R$ 100 milhões para 2021.
Segundo o sócio Robson Fejoli contou em entrevista exclusiva à Forbes Brasil, essa meta visa um cenário de retomada de expansão da empresa após alguns meses de paralisação durante a pandemia. “No primeiro momento, tivemos uma estagnação na captação de novos franqueados. Para que isso não nos impactasse tanto, nosso plano foi atender rapidamente os alunos em uma plataforma online, que batizamos de ‘Conexão Gourmet’. Investimos às pressas em um treinamento para nos adaptarmos à nova realidade”, explica o empresário, contente com o resultado positivo da ação. “Não tivemos nenhuma franquia fechada.”
Com a manutenção dos alunos em sistema online e a redução de custos através de algumas medidas provisórias do governo, o sócio Glaucio Athayde conta que os primeiros meses de pandemia –de março a julho– renderam uma média de 60% do faturamento comum. “Ninguém ficou no negativo”, destaca.
Além disso, Fejoli ressalta que o papel do curso profissionalizante em um momento de demissões em massa no Brasil fez com que muitos alunos tenham escolhido continuar a formação para aumentar suas chances no mercado de trabalho. “Com os cursos, eles aprenderam receitas empreendedoras que impactaram diretamente em suas vidas. Vimos muitos cases de delivery e até de maridos que viraram motoboys para ajudar no negócio das esposas.” De certa forma, foi uma aceleração do impacto digital que atingiu tanto os alunos quanto o próprio Instituto. “Antes era tudo físico e presencial. Agora descobrimos que é possível atender online de forma muito rápida e ágil. Nosso futuro será híbrido”, revela o cofundador.
Mesmo com um sistema híbrido, o principal foco da companhia para o próximo ano é expandir como franquia. “Temos pouco mais de 60 unidades com plano de abertura para 2021. Trinta e cinco delas já estão em obra e até o meio do ano já começam a operar”, conta Athayde. Na sua visão de investidor, o “timing” ideal para a expansão da marca em cada local do país é um dos pontos principais para o sucesso da empresa. Ele diz que “80% das unidades estão no Sudeste”. “Agora está na hora de chegar nas outras regiões”, completa.
Com uma estratégia organizada e segura, os empreendedores explicam que a sociedade com a holding SMZTO, que completou um ano no início de 2021, é uma das responsáveis pelo crescimento com sustentabilidade. O fundo de investimento SMZ, cujo principal investidor é o empresário José Carlos Semenzato, atual presidente da SMZTO, também conta com a presença de vários outros empresários, o que acabou gerando um know how extremamente valioso para os sócios do Instituto Gourmet. “Com essa parceria, a nossa expectativa era ganhar visibilidade e acelerar a impulsão. No entanto, também absorvemos muito aprendizado, consultoria e suporte”, destaca Fejoli.
Para 2021, a palavra-chave de Fejoli e Athayde parece ser otimismo. Mesmo assim, após tantas surpresas negativas no ano anterior, eles preferem ressaltar: “Esperamos o melhor, mas também estamos preparados para o pior”.
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.