A maior produtora de petróleo dos EUA, Exxon Mobil, divulgou hoje (2) seu primeiro prejuízo anual como uma empresa listada, com a pandemia de Covid-19 pressionando os preços da energia e reduzindo o valor de seus ativos de xisto em mais de US$ 20 bilhões no quarto trimestre.
A Exxon cortou até 15% de sua força de trabalho e reduziu em um terço investimentos em novos projetos de petróleo e gás após ter admitido que os preços da commodity poderiam permanecer abaixo de US$ 60 o barril por anos. Ela acrescentou US$ 21 bilhões à sua dívida no ano passado para cobrir seus investimentos e gastos com a reestruturação.
A empresa registrou um prejuízo líquido anual de US$ 22,44 bilhões em 2020, em comparação com um lucro anual de US$ 14,34 bilhões em 2019.
A Exxon está sob fogo de investidores ativistas que pressionam por mudanças no conselho e uma estratégia melhor para uma transição para combustíveis mais limpos. Nesta terça, a companhia nomeou o ex-presidente da Petronas, Tan Sri Wan Zulkiflee Wan Ariffin, para seu conselho, e disse que estava discutindo com outros candidatos.
Outras grandes empresas de petróleo também estão sob pressão, devido a restrições de viagens relacionadas à pandemia.
A rival BP teve seu primeiro prejuízo anual em uma década, conforme anúncio nesta terça, enquanto a Chevron disse na sexta ter registrado o primeiro prejuízo anual desde 2016.
A Royal Dutch Shell apresenta resultados financeiros na quinta e Total na próxima semana.
A produção de petróleo e gás da Exxon somou 3,7 milhões de barris de petróleo e gás por dia no quarto trimestre, queda de 8% na comparação anual.
O negócio de exploração e produção, o maior da Exxon, perdeu US$ 18,5 bilhões no quarto trimestre devido a baixas contábeis em ativos de gás natural, o que se compara com um lucro de US$ 6,1 bilhões no mesmo período do ano anterior. (Com Reuters)
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