No Forbes Radar de hoje (5), a Vale pagará aproximadamente R$ 37 bilhões para contemplar projetos de reparação socioeconômica e socioambiental devido à queda da barragem de Brumadinho. A Braskem retomará a Planta de Cloro-soda que estava paralisada desde maio de 2019, e o Senado Federal aprovou a redução de tarifas de energia, o que abarca a produção e distribuição da Eletrobras.
Veja estes e outros destaques de negócios do dia:
Visa (VISA34)
A Visa anunciou a VisaNet +AI, suíte de serviços baseados em inteligência artificial, “desenvolvida para solucionar desafios e dores que há muito incomodam bancos, estabelecimentos comerciais e consumidores, como as demoras e dificuldades para controlar o saldo da conta e a imprevisibilidade da liquidação diária no caso das instituições financeiras”, informou a empresa.
“Nossos clientes, parceiros e portadores de cartão querem ter acesso a insights baseados em dados para poderem gerenciar melhor seu negócio e sua vida financeira, especialmente em tempos inéditos como os atuais. Hoje, estamos anunciando um conjunto de serviços baseados em inteligência artificial com o qual consumidores e instituições financeiras podem gerenciar sua conta e seu negócio, respectivamente, com mais facilidade”, disse Jack Forestell, vice-presidente executivo e chefe de produtos da Visa.
Dentro do sistema existe o Smarter Posting que é um serviço que usa inteligência artificial para enviar uma pontuação customizada para cada transação durante o processo de autorização, além do Smarter Settlement Forecast que protege os clientes de previsões customizadas para os próximos 7 dias, a fim de que eles saibam quanto precisarão dispor a cada dia, com o objetivo de ter liquidez suficiente para satisfazer o volume de liquidação do dia, mas evitar a superalocação de recursos que poderiam ser utilizados em outra parte do negócio. E, por fim, o Visa Smarter Stand-In Processing ajuda as instituições financeiras a aumentar as autorizações de transações quando seu sistema está indisponível.
Grupo Vamos (VAMO3)
O Grupo Vamos adiciona ao seu portfólio de concessionárias, a Fendt, marca alemã pertencente ao Grupo AGCO, e que se destaca por ser uma linha premium de máquinas para o agronegócio. Dessa forma, a companhia passa a atuar no segmento de máquinas premium.
Para Gustavo Couto, CEO do Grupo Vamos, esse movimento reforça a crença do grupo no agronegócio brasileiro: “O agronegócio é uma potência no mercado brasileiro. O Brasil, cada vez mais, se torna uma referência para o agronegócio mundial. O agro não para. E a Vamos também não. Por isso é que a gente está muito feliz em trazer para a região e para o Brasil, a marca Fendt, referência em tecnologia, em agricultura de precisão, para aumentar a eficiência e contribuir com o aumento da produtividade da agricultura brasileira”.
GOL (GOLL4)
A Gol teve alta de 8% na demanda doméstica em janeiro ante dezembro, de acordo com dados prévios sobre o tráfego da companhia aérea, divulgados ontem. Na comparação ano a ano, porém, a procura ainda mostra queda de 27,9%.
A oferta de voos no mês passado cresceu 5% em relação a dezembro, mas ainda está 26% abaixo do desempenho do mesmo mês de 2020, antes do agravamento da pandemia de Covid-19 no país.
Nesse cenário, a taxa de ocupação da companhia aérea ficou em 83,2% no primeiro mês de 2021, de 85,4% um ano antes.
OI (OIBR4)
A Oi assinou um acordo de exclusividade com Globenet, BTG Pactual e outros fundos do banco envolvendo a venda de ativos de fibra óptica da operadora de telecomunicações, a InfaCo.
“O acordo visa a garantir segurança e celeridade às tratativas em curso entre as partes e permitir que, caso sejam satisfatoriamente finalizadas as negociações de condições e documentos entre as partes, a Oi tenha condições de garantir às proponentes o direito de cobrir outras propostas recebidas da InfraCo”, afirmou a companhia em fato relevante.
A negociação vale até 6 de março, mas pode ser renovada automaticamente por mais 30 dias, salvo se houver manifestação em contrário por qualquer das partes.
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Vale (VALE3)
Devido à queda nas barragens de Brumadinho, a Vale terá que pagar cerca de R$ 37 bilhões para contemplar projetos de reparação socioeconômica e socioambiental.
Na parte socioeconômica, o Acordo Global engloba projetos de demanda das comunidades atingidas, programa de transferência de renda à população atingida, em substituição ao atual pagamento de auxílio emergencial, projetos para Brumadinho e para os demais municípios da Bacia do Paraopeba, além de recursos para execução, pelo Governo do Estado de Minas Gerais, do Programa de Mobilidade Urbana e do Programa de Fortalecimento do Serviço Público.
Na reparação socioambiental, o Acordo Global estabelece as diretrizes e governança para execução, pela Vale, do Plano de Reparação, bem como projetos a serem implementados para a compensação dos danos ambientais já conhecidos e projetos destinados à segurança hídrica da região impactada.
Com o entendimento, que encerra ações judiciais coletivas relacionadas a danos, Vale informou que reconhecerá uma despesa adicional de R$ 19,8 bilhões em seu resultado de 2020.
Após o entendimento, a Vale informou que reconhecerá uma despesa adicional de R$ 19,8 bilhões em seu resultado de 2020. Do montante previsto, já há aproximadamente R$ 5,5 bilhões em depósito judicial, que serão direcionados para quitar obrigações assumidas pela empresa. Outros desembolsos a serem feitos pela mineradora ocorrerão semestralmente e devem ser quitados em até seis anos, segundo uma fonte à Reuters.
De acordo com a mesma fonte, o acordo resolveu 204 dos 207 pedidos que constavam em três ações judiciais que foram extintas. Cerca de 30% dos recursos previstos visam beneficiar o município e a população de Brumadinho.
A Vale declarou que mais de 8.900 pessoas já fazem parte de acordos para indenização civil ou trabalhista celebrados com a mineradora, que somam mais de R$ 2,4 bilhões.
Além disso, mais de 100 mil pessoas também receberam, desde 2019, pagamentos de auxílio emergencial que alcançaram R$ 1,8 bilhão.
O analista Leonardo Correa, do BTG Pactual, afirma que o pagamento da ação judicial “não deve reduzir os pagamentos de dividendos da Vale em 2021, que ainda estimamos em cerca de US$ 10 bilhões”.
Braskem (BRKM5)
A Braskem iniciou a produção de cloro-soda e dicloroetano da sua unidade localizada no bairro do Pontal da Barra em Maceió (AL), a Planta de Cloro-soda, que estava paralisada desde maio de 2019.
Para o retorno da Planta de Cloro-soda, a companhia concluiu o projeto para a produção de salmoura como matéria-prima a partir da aquisição de sal importado, o que permitiu voltar a produzir de forma integrada PVC e soda cáustica.
Eletrobras (ELET6)
Devido às oscilações atípicas registradas com os valores mobiliários de emissão, o número de negócios e a quantidade negociada, a Eletrobras informou por um Comunicado ao Mercado que as ações da companhia vêm sofrendo oscilações em decorrência de notícias que são divulgadas na mídia e declarações de autoridades do País, não necessariamente relacionadas diretamente à companhia, mas que alteram a perspectiva do mercado em relação à aceitabilidade pelo Congresso Nacional do projeto de lei número 5.877/2019 (”PL”), que dispõe sobre a privatização da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – Eletrobras.
De acordo com o documento, “um exemplo: segundo noticiado pela imprensa, no dia 18 de dezembro, dia em que verificamos na tabela um aumento do volume de negociação das ações preferenciais classe A, o ministro da Economia Paulo Guedes teria afirmado esperar conseguir R$ 30 a R$ 40 bilhões com o processo de transferência da Eletrobras à iniciativa privada e que este seria um dos pontos importantes para o governo no próximo ano. Neste mesmo dia, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, teria reafirmado, segundo a mídia, que o projeto de lei que autoriza a privatização da Eletrobras sairia em 2021, após o retorno das atividades legislativas no Congresso Nacional”.
Ontem (4), também foi aprovada pelo Senado Federal, a conversão do Projeto de Lei de Conversão n. 42/20 em lei.
O PLC estabelece, em marco legal, a rescisão do atual contrato de energia de reserva da usina e a pactuação de novo contrato, com preço da energia que atenda a rentabilidade do empreendimento e a modicidade tarifária. Este preço será calculado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, que já vem trabalhando na reestruturação financeira e contratual do projeto.
A Usina de Angra 3 agregará segurança energética através de geração de energia de base para o Sistema Interligado Nacional.
Isa Cteep (TRPL4)
O conselho de administração da transmissora de energia elétrica Isa Cteep aprovou a realização de uma emissão de debêntures no valor de R$ 672,5 milhões. As debêntures serão emitidas em série única, com vencimento em 15 de julho de 2044.
Os recursos captados pela companhia com a operação serão utilizados para investimentos nos projetos Três Lagoas, Triângulo Mineiro e Minuano.
Jalles Machado (JALL3)
As ações da Jalles Machado foram precificadas a R$ 8,30 a unidade e devem movimentar até R$ 741,5 milhões, segundo a agência Reuters.
A demanda por novas ações chegou a R$ 594 milhões, enquanto R$ 147,5 milhões é o montante de ações ofertadas por acionistas da empresa que venderam suas participações na Jalles Machado.
No prospecto preliminar da oferta, em dezembro, a Jalles disse que usaria os recursos da oferta primária para comprar uma terceira unidade industrial e investir no aumento da produção de cana-de-açúcar nas duas usinas atuais, ambas em Goiás.
A estreia das ações no pregão da B3 deve acontecer na próxima segunda-feira (8).
Bemobi (BMOB3)
Hoje é o último dia para a reserva de ações da Bemobi Mobile Tech antes da estreia na Bolsa, prevista para 10 de fevereiro.
A oferta inclui 47 milhões ações, com um intervalo indicativo de preço por ação entre e R$ 17,60 e R$ 23,10, o que pode gerar para a Bemobi a captação de cerca de R$ 1 bilhão. O valor mínimo para participar da primeira venda de ações é de R$ 3 mil, e o máximo, de R$ 1 milhão.
A Bemobi planeja pagar obrigações decorrentes de reorganização societária (25,6%). Em setembro, a companhia comprou da sua controladora, a Bemobi Holdings, as empresas Bemobi International, Bemobi Ukraine e Open Markets, por R$ 290,4 milhões. A Bemobi também pretende pagar dividendos devidos referentes a exercícios sociais passados (19,5%) e adquirir ativos (54,9% ).
BrasilAgro (AGRO3)
A BrasilAgro concluiu as aquisições de quatro sociedades sediadas na Bolívia (Acres del Sud, Ombu, Yatay e Yuchan), em operação que consiste na área total de 9,9 mil hectares e envolveu cerca de US$ 30 milhões, informou por Fato Relevante.
“As propriedades estão localizadas em região núcleo da Bolívia e possuem aptidão para plantio de segunda safra… Com a aquisição, a companhia pretende dar continuidade à sua estratégia de crescimento e internacionalização”, disse a BrasilAgro, que vê a atuação em um novo país como oportunidade de incrementar o faturamento e fortalecer a posição competitiva. (Com Reuters)
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