O Ibovespa opera em forte alta nos primeiros negócios desta segunda-feira (1°), subindo 1,69% aos 117.013 pontos às 10h21, horário de Brasília, acompanhando o desempenho positivo dos ativos no exterior e recuperando-se do declínio acentuado observado na última semana. No plano doméstico, o viés altista encontra suporte na baixa adesão ao primeiro dia da greve dos caminhoneiros ao redor do país, enquanto as disputas pelas presidências da Câmara e do Senado na noite de hoje seguem como ponto de atenção do mercado.
Já o dólar iniciou a semana em queda contra o real, recuando 0,63% e negociado a R$ 5,43 na venda, devolvendo parte de seus ganhos recentes em meio à melhora no sentimento global e maior apetite por ativos de risco. No exterior, o dólar operava em leve alta contra uma cesta de moedas, com o clima entre os operadores mais ameno depois de um frenesi impulsionado pelas redes sociais abalar Wall Street na semana passada.
Os índices futuros em Nova York e as Bolsas europeias operam em alta nesta manhã, com investidores voltando às compras após as perdas profundas da última semana. Em Wall Street, o índice que mede o nível de estresse no mercado norte-americano, o Cboe Volatility Index, recuava mais de 6% no início do dia, depois de avançar 45% em janeiro em meio à disputa entre investidores do varejo e fundos de hedge nas ações da GameStop. Nesta semana, um novo ativo parece ganhar a atenção dos pequenos investidores: a prata. O metal avançava para os preços mais altos em oito anos no início da manhã.
Eleições no Congresso
A Câmara dos Deputados e o Senado reúnem-se na noite de hoje para definir, por voto secreto e presencial, os presidentes das Casas pelos próximos dois anos. A Câmara conta com oito candidatos, enquanto o Senado tem quatro nomes colocados na disputa até o momento.
Segundo na linha sucessória do comando do país, é o presidente da Câmara quem define a pauta de votações, em conjunto com os líderes partidários, convoca sessões, decide questões de ordem e, entre outras prerrogativas, analisa pedidos de impeachment contra o presidente da República.
“O desfecho das eleições tem como principal promessa destravar a agenda de reformas”, explicou Alejandro Ortiz, economista da Guide Investimentos, destacando a atenção dos mercados à postura do governo diante da sustentabilidade das contas públicas e esperanças de que as necessidades da população em meio à pandemia sejam equilibradas com as necessidades fiscais.
Uma eventual retomada do auxílio emergencial – que foi encerrado em dezembro – tem sido objeto de discussões de candidatos ao comando das duas Casas Legislativas e deve voltar com força na agenda política no retorno dos parlamentares ao trabalho, em meio a temores de que o teto de gastos brasileiro seja furado em 2021.
O presidente Jair Bolsonaro já afirmou que a continuidade do auxílio emergencial quebraria o Brasil, trazendo uma série de consequências desastrosas para a economia, enquanto o ministro Paulo Guedes, defendeu que, caso o auxílio seja reeditado, haja travamento de outras despesas.
Greve dos Caminhoneiros
Todas as rodovias federais do Brasil encontravam-se com “fluxo livre de veículos” entre 7:00 e 9:00 da manhã desta segunda-feira, disse o Ministério da Infraestrutura. Em publicações no Twitter, a pasta afirmou, citando também a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que não havia no início da manhã “nenhum ponto de retenção total ou parcial” nas estradas, inclusive nas concedidas.
Caminhoneiros chegaram a interromper o fluxo em duas pistas da Rodovia Castello Branco na altura de Barueri (SP) por volta das 6:00, mas as outras faixas seguiam liberadas para veículos e não havia registro de bloqueio em outras rodovias de São Paulo, segundo reportagem do portal UOL.
A PRF chegou a publicar no Twitter vídeos de estradas na Bahia “onde o trânsito segue fluindo normalmente”.
O movimento de caminhoneiros para uma greve nacional nesta segunda-feira era visto no final da semana passada como dividido, com uma parte da categoria buscando manter diálogo com o governo e outra defendendo a cobrança por meio da paralisação de demandas que incluiriam queda no preço do diesel. (Com Reuters)
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